EXPEDIÇÃO VELHO CHICO DE CANOA A REMO DE PIRANHAS AO MAR 220 km

UMA VIAGEM DE CANOA PELO RIO SÃO FRANCISCO

Uma viagem única pelo Maior Rio Genuinamente Brasileiro.
Viajar de uma cidade para outra, de um estado para outra, com a força dos seus próprios braços.

O Rio São Francisco é um ambiente controlado, sabemos qual a vazão ele tem a cada dia,
e que o vento entra todos os dias as 9h30 da manhã, e para as 15h.
A viagem percorre os mais belos quilômetros de todo o percurso de 2830 km do Velho Chico.

As Canoas foram feitas por Carpinteiros do velho Chico, com características das Canoas nativas.
A posição de remar é bem parecida as Canoas Havaianas e Polinésias, com um pouco mais de conforto.
A história do surgimento das Canoas e como foi a primeira expedição está no final desta página.

A primeira está pronta, foi testada e aprovada por todos.
O nome dela é OPARÁ, foi o primeiro nome do Rio São Francisco, dado pelos indígenas.
Significa, Rio – Mar.

O modelo da Canoa é VCC  7 & 3/4 Hibrida.
Quando chegarem em Piranhas, vão saber o que significa cada letra e número.
São 7 remadores em cada Canoa.
A Canoa Opará tem a distância entre bordas de 53 cm, possibilitando caber muitos…
A Canoa Segunda, que está em processo de construção, terá 45 cm de largura.
São 5 dias de uma linda viagem com zero de emissão, ou …
quase zero…
As Canos estão liberadas após o dia 20 de julho.
As expedições devem ser de domingo a domingo, ou de segunda a segunda.

Quem pode participar dessa expedição:
Todos os alunos regulares de Clubes de Canoagem, Caiaques ou Canoas Havaianas e Polinésia,
que tenham feito pelo menos 10 aulas recentes.

Numero de vagas:
Para a viagem são 13 vagas, cada Canoa é feita para 7 remadores, mais o banco da sogra que é móvel.
Um dos bancos será ocupado pelo MESTRE/LEME do Clube de voces.
Caso voce seja de um Clube que não vai com toda a tripulação, entre em contato, podemos encaixar em
uma expedição de algum Clube ou vamos fazer uma expedição para remadores que vem só.
Se forem amigos e do mesmo Clube, podem ir até 8 pessoas.
Grupo familiares e de empresa, são bem vindos, nesse caso serão acompanhados por um
Mestre\Leve nativo do Velho Chico, ou este que vos escreve, Marcos Pinheiro.

 

Levar o próprio remo:
Para trazer os remos de voces, devem juntar em uma embalagem todos juntos, embalar bem com plástico
bolha, embarcar como equipamento esportivo, o valor é 175 reais a cada trecho voado.

Nós temos todo o equipamento necessários, remos e coletes.

O que cada remador deve levar:
Toda a bagagem deve caber em um saco estanque de 20 litros.
Levar chapéu, viseira ou boné.
Camisa UV.
Calça leg\lycra cobrindo o joelho.
Protetor solar.
Duas mudas de roupas para remar e duas secas.
Uma garrafa de água.
Uma luva, pode ser a mesma usada para pedalar.

DATA RESERVADA.
De 10 a 18 de agosto – Floripa VAA – Florianópolis – Santa Catarina
De 5 a 10 de agosto – Floripa VAA – Florianópolis – Santa Catarina

LISTA DE INTERESSADOS PARA SE JUNTAR A UMA EXPEDIÇÃO.
1 – Lombardi – Schroeder – SC

 

COMO SERÁ NOSSA VIAGEM

 

DIA 0 – VIAGEM DE NOSSAS CIDADES ATÉ MACEIÓ

Vamos receber vocês no Aeroporto de Maceió as 15h.
Temos pela frente uma viagem de 5 horas até Piranhas, parar para comer a melhor farofa do Sertão
e comprar uns quitutes de engenho que só tem lá.

Vamos ficar hospedado em uma pousada destaque em Piranhas, amanhecer quase dentro do Velho Chico.

Estadia 1 em Piranhas 

1º Dia – PIRANHAS – REMADA NOS CONIONS – PIRANHAS


Café da manhã na pousada. 
Vamos de van, de piranhas até os Lago Xingó, são 15 minutos de viagem. Vamos juntar o grupo em um Trimaran, formados por
Canoas Havaianas que vocês tanto conhecem.
São duas horas de ida e duas horas de volta remando, com parada para um banho nos Cânions do Talhado.

 

Estadia 2 em Piranhas 

2º Dia – PIRANHAS – ILHA DO FERRO – 30 KM

Café da manhã na pousada.
Vamos começar a viagem.
Inicio da remada as 8h30.

Primeira parada a 9 km de Piranhas, será no Restaurante Angico.

Ponto de partida para a Trilha a Grota do Angico, onde foi feita a emboscada ao bando de Lampião.

Opção de parada na Comunidade Carente de Curralinho para fazer doações e roupas e alimentos.

Previsão de chegada na Ilha do Ferro as 14h30.
Deixamos a Canoa no Porto e vamos para a Pousada.

O almoço estará na mesa.

Aproveitem a tarde e a noite para visitar os artistas da Ilha do Ferro, conhecidos internacionalmente.
Podem entrar nas casas, estão sempre abertas.

Podem visitar o Boteco do André, ver o acervo que ele juntou durante anos.

Dona Vana vai preparar uma jantinha especial para todos.

Estadia 1 Ilha do Ferro

 

3º Dia  – ILHA DO FERRO – GARARU – 60 KM

Esse será nosso dia mais longo, vamos acordar as 5h, tomar café as 5h30 e sair as 6h.

Cada um deve levar um lanche para o percurso.

Uma breve parada em Pão de Açúcar, 10 km abaixo, pra conhecer Denivan e Helder, os Carpinteiros, construtores da Canoa.
A 20 km de nossa partida, está a Ilha de São Pedro, uma Aldeia dos Índios Xocó, podem parar na praia para um banho de rio.

A metade do percurso está Belo Monte,
podem fazer uma parada para ver as belas casas da comunidade e fazer um lanche.

A parada em Belo Monte também é para esperar o vento passar.
Vamos atacar o último trecho até Gararu, previsão de chegada as 16h30.

Um banho de rio para relaxar na prainha.
Jantar na Pousada.

4º Dia  – GARARU – PROPRIÁ – 40 KM
Café da Manhã na Pousada.
Um dia tranquilo, vamos sair as 7h30, parada na Prainha do Porto das Canoas em São Braz.
Seguimos viagem, uma breve parada em Traipu, para ver as belas Canoas no porto.


Logo estaremos em Propriá, uma cidade pequena, mas polo da região,
a maior cidade Sergipana nas Margens do Velho Chico.
Vamos conhecer o dia a dia de uma cidade polo na região,
muita gente do interior vem fazer compras as da semana e do mês em Propriá.

Estadia em Propriá

 

5º Dia – PROPRIÁ – PENEDO – 30 KM

Partida as 7h30, logo passamos por baixo da segunda ponte do Velho Chico abaixo da Usina de Xingó,
essa ponte que passar a BR 101 , liga Propriá em Sergipe, a Porto Real do Colégio na margem Alagoana. 
Parada para um banho de rio.
Previsão de chegada em Penedo as 13h.
Penedo é uma cidade histórica, seu casario e suas igrejas indicam a importância da cidade no passado.

Tarde livre para caminhar pela Cidade.

Sugestão de jantar, caldo de camarão na beira do rio (servido no copo).

Estadia em Penedo

 

6º Dia – PENEDO – FOZ – 30 KM

Partida as 7h30, reta final, ME LEVE PARA O MAR, PARA O MAR!
Passarmos por Piaçabuçu, a última cidade da margem Alagoana, lugar de muitas Canoas.
Vamos em busca do Caranguejo da Praia \ Maria Farinha, o verdadeiro símbolo da chegada ao mar.
Como um peregrino do Caminho de Santiago deve ir até Finistere buscar uma concha para provar sua
devoção, nosso objetivo é ver o caranguejo.

E agora, como voltamos pra casa?
Não se preocupem, os amigos Helder e Xáuxa, estarão juntos vão dizer o que vocês vão fazer…
A viagem de volta é de Piaçabuçu para Maceió, são duas horas de viagem.

Estadia em Maceió

 

7º Dia – MACEIÓ – VOLTA PRA CASA.
Café da manhã no Hotel.
A volta pra casa, o transporte para o aeroporto e o horário do voo fica a escolha de cada viajante.
Quem desejar ficar mais tempo em Maceió, sugiro os restaurantes,
Sugestão de jantar, Bodega do Sertão ou comer Patas de Caranguejo no Restaurante Massagueirinha.

 

 

O QUE ESTÁ INLUIDO:
Recepção no Aeroporto de Maceió.
Viagem de Aracaju para Piranhas, 5 horas. (260 km)
Duas Estadias com café da manhã em Pousada ótimo padrão em Piranhas
Viagem de Canoa, 5 dias pelo Velho Chico
Estadia com café da manhã em Pousada na Ilha do Ferro
Jantar na Ilha do Ferro
Estadia com café da manhã em Pousada em Gararu .
Jantar em Gararu.
Estadia café da manhã em Pousada em Propriá
Estadia com café da manhã em hotel em Penedo (considerado o melhor do Velho Chico)
Viagem de Piaçabuçu para Maceió. (120 km)
Estadia com café da manhã em hotel em Maceió

 

O valor da expedição é R$ 3.900,00 por remador.
Esse valor pode ser pago da seguinte forma:
Uma entrada de 1000 reais para garantir a vaga, o restante parcelado até a data da viagem.
Feitos em depósitos bancários.

 

GASTOS EXTRAS NÃO INCLUÍDOS:
Passagem até Maceió
Almoço\jantar em Maceió ou na estrada
Jantar em Piranhas
Almoço no Restaurante Angicos
Lanches durante o percurso.
Almoço em Propriá
Almoço e Jantar em Penedo.
Almoço em Piaçabuçu
Almoço e jantar em Maceió.
Transfer do Hotel para o Aeroporto em Maceió

 

 

Os interessados entrem em contato:
Marcos Pinheiro
marcospinheiro21@gmail.com
48 9 9962 3748 (zap)

 

 

NASCEU UMA CANOA NO RIO SÃO FRANCISCO

 

BANCO 1 – O NOME DELA É OPARÁ.

Uma homenagem aos primeiros habitantes destas águas, os povos indígenas, o significado não poderia ser mais belo, RIO-MAR.

Como naveguei até aqui:
Talvez seja amalgama canoero de minhas rianças e maranças…
Desde as primeiras memorias, bem miúdo na Barra da Lagoa, na Ilha de Santa Catarina, me apoiava na proa das belas Canoas Bordadas do meu saudoso Avô Damião.
Canoas de criação consorciada, primeiro o nascimento indígena, adaptada para o mar pelos imigrantes açorianos, dos quais descendo.
Canoas que no inverno, se abarrotavam de tainhas, traziam cem´s mil´s tainhas em várias viagens, entre a Prainha e o rio.

As pequenas Canoas na Lagoa, pescando, remando em pé e desequilibrando Mestre Ênio, velejando com a Canoa do Tio Nonô, eram brincadeiras, as vezes chegava com um alimento na mesa.

Certa vez, lá pelo verão de 1987, seu Altamiro da Costa da Lagoa em Florianópolis, emprestou uma Canoa, para em quatro amigos, viéssemos de nordeste até a Lagoa.
Quando vimos a Canoa, mal cabíamos dois. A solução foi colocar bambus como um estabilizador lateral, ideia tirada de filmes havaianos.
Sim, muitas brigas depois, chegamos quase em casa, na Ponta das Almas, a Canoa foi ao fundo na parte rasa da Lagoa, ela voltou pra casa molhada e salva, e nós molhados e com uma bela história pra contar.
No ano 2000, por influência das Canoas do Avô, criei o Festival de Embarcações a Remo de Bombinhas, um desfile de belas relíquias Navegantes.
Surge em uma Travessia na Praia do Forte em Floripa, o movimento de Canoas Havaianas no sul do Brasil, quis o destino que meus chegados Alexey e Alemão espalhassem Canoas pela minha Lagoa e cidade.
Em 2021 e 2022 tive a grande oportunidade de remar os Botes Baleeiros na Ilha do Faial nos Açores em Portugal.

BANCO 2 – ENCANTAMENTO

Em 2015 fui ACOMETIDO do encantamento do Velho Chico, não é um vírus nem uma bactéria, mas NÃO TEM CURA.
Conheci a Canoa de Tolda, barco histórico de influência naval holandesa, conheci o Capitão América,
o barco avuador de Mestre Breno.
Em 2017 junto com o destemido e rustico Bruno, irmão do Breno a bordo do Capitão América, descemos até Pão de Açúcar,
foi espetacular e terrível, minhas costas não deixaram chegar a Foz do Rio.

Faltava um ingrediente, até que em agosto de 2022, Isaac, Mestre Nadador do Velho Chico me mostrou o vídeo das Canoas de Pano (vela) do Velho Chico.

É ESSA A CANOA QUE FOI O ÚLTIMO ELEMENTO INSPIRADOR.
Dos conceituados Carpinteiros Helder e Denivan, de Pão de Açúcar, Alagoas,
recebi a confirmação, sim nós podemos fazer uma Canoa pra remar.
As Canoas de hoje são a motor ou a Pano.
Condição, ser uma Canoa com 100% de características Velhochiquianas.
A única grande diferença seria um estabilizador lateral, não usado por Canoas Brasileiras.

BANCO 3 – A CANOA FOI PRA ÁGUA

O dia, sem escolher foi 2 de fevereiro, tão representativo para uma grande parte dos brasileiros,
homenagem a duas grandes figuras femininas que representam o mar.
Sim, ela flutua, navega muito bem, no remo e na vela.
Dia 7 de fevereiro desembarca em Maceió um bando, no susto, dois cascudos e quatro cascudas, escolhidos a dedo,
ou a merecimento ou a amizade, ou a vontade de descobrir o mundo.
Helder, o mesmo Carpinteiro, uma lista de habilidades depois, com sua Van Cangaceira,
corta o Sertão até Piranhas nas margens do Velho Chico.
A principal viajante era a MUMIA, sim, uma semelhança extrema,
depois de uma bela embalagem com remos e coletes rumo ao Velho Chico.
Chegamos todos bem, inclusive a múmia.
Exceto um de nossos componente que após uma saborosíssima farofa sertaneja em São Miguel dos Campos, vazou o retentor…(caganeira básica).

Me emocionei quando vi a Canoa, trazida pelo Breno de Pão de Açúcar, bailando apoitada no Porto de Piranhas, se refrescando com os raios da Lua Cheia Sertaneja.

BANCO 4 – O BATISMO

Chegou o dia, 8 de fevereiro de 2023, faleceu a múmia, como uma borboleta, entregou seu sarcófago,
a eterna vida no rio de remos e coletes.
Isaac, mais que simbólico, trouxe a Canoa rebocada nas forças dos braços nadantes.
Iniciava a primeira etapa de uma Viagem Canoeira, Velho Chico a Jusante.
Tripulação feliz, um emocionado discurso do Helder como um pastor,
pediu a proteção do seu divino,
cada um de nós em silencio só a escutar o latir de nossos corações e o farfalhar das aguas descendentes Velhochiquianas.

BANCO 5 – PARTIMOS

Nossas primeiras remadas foram…
UM DESASTRE!
Parecia o globo, cada em um fuso rematório.
Como o bando do Cangaceiro do Futuro (série netflix), cada com suas histórias de vida, historias rematórias, poucas horas…
Qualquer outro corpo d´água não perdoaria, mas o Velho Chico com sua santa complacência, ACOLHE.
Quem olhasse de longe, facilmente diria, não chega a Entremontes, a 12 km de Piranhas….
A harmonia e a força da equipe, talvez bem comandada, amparada por Isaac e suas fortes remadas,
chegamos ao Restaurante Angicos, antes do Catamaram de Célio,
uma verdadeira explosão de velocidade…
Henrique nos recebeu com O MELHOR SUCO DE MELANCIA DO MUNDO!
A primeira grande conquista.
Henrique, quando soube de nosso objetivo de chegar na Ilha do Ferro as 14h27m37s, duvidou,
pelo vento fózoeste que soprava forte a Montante.
Célio não teve passeio, por isso chegamos primeiro…

Do nada aparece com sua avuante avoadeira, Comandante Sérgio que nos retratou com belas imagens,
nos trouxe mangas maduras.
As imagens e as mangarosas amarelas, eram para esconder e adocicar o gosto cruel de nos extrair seu irmão Isaac,
nos tirou muito mais que umsetiávos, era pelo menos trêseteávos de nossa força, inspiração e alegria.
A vida não é uma linha reta, é sim um mar ventoso e claudicante.
O desanimo da perda, se transforma em força a mais para os destemidos e remidos remantes.
Entremontes fica na popa, Cajueiro passa espremido pela correnteza, a Curva do Saco, foi cortada, ficou sem saco,
substituída por uma linha reta, com pedras bem vistas nas profundezas rasas aguas esmeraldinas esclareadas do Rio São Francisco.
Curralinho, mesmo de longe, ficou belo, parece uma moldura descrita por Ariano Suassuna.
Parada para manga andante, obrigado Sérgio, está perdoado,
da manga rosa quero o gosto e o sumo…
Exatamente as 13h56m, aportamos cantando remadas na vós da nossa Elba, Aglair.
Sim Henrique, me assustei com tua previsão, mas o bando é Catingueiro e Rieiro.

 

BANCO 6 – ILHA DO FERRO

A Ilha do Ferro nos recebeu com o rio cobrindo o campo de futebol, as traves afogadas, aparecendo só o ninho da coruja desalojada.
O banquete da Vana estava posto, galinha de capoeira rasteirinha e a cocada deixaram forrados os buchos que de tanta forme, dava pra ver o fundo das calças abrindo a boca …
O chá batizado de catingueirinha dessa vez não foi precisado, deixamos pro bando das Colô que vem feroz de Recife…

SÓ FALTAM 38,31 LÉGUAS…

BANCO 7
A HISTÓRIA DE CADA UM DE NÓS…

Marcos Pinheiro