Diário de Bordo – Viagem 45 – Costa do Dendê – Bahia
Viajar, comer e Nadar…
1º Dia – 10 de setembro de 2020
Porto de Camamu, Costa do Dendê, Bahia, o Assis disse:
– Se fosse a primeira vez de uma pessoa viajando com o Marcos, não viria mais…
Saí de casa de carro até o aeroporto…
Caminhada até o embarque…
Avião até o Rio de Janeiro…
Caminhada até o portão…
Avião até Salvador…
Caminhada até o desembarque…
Van até o porto…
Escuna até Mar Grande…
Van até Nazaré… (Recordação do Grupo Fuga de Nazaré, faltando somente Douglas e Juliana)
Muitos buracos até Camamu…(enjoei…)
Lancha até Barra Grande…
Caminhada de 100m até nossa casa…
Sim, viajar não é comprar passagem e chegar até um hotel…
A descoberta do mundo, a evolução e crescimento, exigem mais que isso.
Sim, foi difícil chegar muito longe…
Quer lugar perto, fácil, fica em casa.
Nossa primeira viagem durante a tormenta, precisávamos de exames para entrar na Península de Maraú.
Chegamos tarde, entramos clandestinamente, fácil de entender quando temos um coiote chamado Afrodísio….
Não havia ninguém controlando a entrada.
Primeiro jantar pilotado pelo Chef Baldy, macarrone a tomatone…
Sim, a casa é muito boa, a poucos passos da areia e do mar …
2º Dia – 11 de setembro 2020
Acordei bem cedo, fui caminhando até a Ponta do Mutá,
Havia uma única pessoa de máscara, e estava fumando maconha…
Chama atenção estacas fincadas em fila no mar: são camboas (Armadilhas de Peixes).
Já como moradores de Barra Grande, comprar pão, e fazer um café.
O local de comprar frutas e verduras é perigoso….
Kita estranhou, todos acordam cedo; o padrão dos hospedes da casa são os “baladeiros” que acordam meio dia…
Nosso grupo era de ex, atual, futuros atletas…
Até um transformer nós vimos em Barra grande…
Nossa primeira atividade foi uma nadada até a Ponta do Mutá, água clarinha com 28 graus…
Um sonho para quem mora no sul do Brasil, com frio e temperatura da água abaixo de 20 graus.
Levei o Assis pro beleléu…
Assis, e agora?
– Agora toppppppp!
Respondeu mestre Assis…
Na volta pra casa, Kita nos esperava com um Catado de Aratu, carne de caranguejo refogada, com farofa e arroz, começamos bem nossa viagem natatória, gastronômica e cultural pela Bahia.
Tentativa de chegar em Taipú de Fora, caminhando e depois tentar chegar no Bar da Rose,
o importante foi o percurso, não chegamos nem em um lugar nem no outro, caminhamos 12 km (sem propósito).
Sim, não é só nadar: é procurar, se perder, descobrir, cansar, fazer o sangue circular…
Tudo acabou em uma pizza no Boulevard Barra Grande…
O fim de um dia relax em barra grande foi escutando CLÁSSICOS MPB…
https://www.youtube.com/watch?v=DLrlNIVsypM
3º Dia – 12 de setembro (sábado) – Barra Grande
Um passeio de lancha pelas ilhas da baia de ….
Primeira parada. Ilha da Pedra Furada,
ao lado nos chamou mais atenção uma ilha de areia, demos a volta caminhando e subimos a maior montanha da ilha, aproximadamente 40 centímetros de altitude…
O principal objetivo, volta na ilha do Goió, 1800 metros de águas claras, mangue e praia.
Achamos até um naufrago chamado jolenio…
Almoçamos no sapinho, a melhor mariscada do mundo. Ele chamam de mariscada uma caldeirada de frutos do mar, estava no capricho…
Uma breve visita a Cajaiba, maior produtor de escunas de madeira das americas, saem escunas para vários países, são cerca de 20 estaleiros, toda a cidade vive dessa atividades.
Nosso barqueiro disse que a caravela feita por “engenheiros navais” para a comemoração dos 500 anos do Brasil, não navegava…
Muitos mestres de Cajaiba nem sabem ler, mas os barcos flutuam sempre…
Por do sol na Ponta do Mutá.
Nosso jantar foi arroz a Evanlen, com a chef Evanice, receita do chef Leandrô…
Estadia 3 em Barra Grande
4º Dia – 13 de setembro (domingo) – Barra Grande
Dia do passeio de jardineira, lembrou nosso safari na África, com proporção de 0.1%, mas lembrou…
Alguém do grupo perguntou para o Brizola, o motorista se poderia levar uma bromélia…
Ele respondeu, somente das pequenas…
As bromélia de Maraú são gigantes….
Lagoa azul que não era azul, Lagoa do Cassenge, Farol quadrado, decepcionante, farol tem que ser redondo…
Chegamos para almoçar, as meninas foram no restaurante Das Meninas, disseram, que foi a melhor comida da viagem, só porque nós não fomos comer lá,
nossa pedida foi no pequeno e excelente Restaurante da Noêmia. Quando acontece uma divisão é bom, porque provamos duas comidas para poder recomendar aos amigos…
Finalmente chegamos no Bar da Rô, fechado, Leandro e Valdinei nadaram até o atracadouro.
5º Dia – 14 de setembro (segunda) – Barra Grande – Morro de São Paulo
Decidimos por ir de lancha até Morro de São Paulo, parte pelo trauma da estrada esburacada entre Valença e Camamu, parte a vontade de explorar o litoral brasileiro, por terra e por mar.
Logo na saída da lancha do mestre Afrôdisio com o aspirante chamado Baiano, uma ondulação acima do padrão dos dias anteriores, chegada até a praia de Barra Grande, fiquei com essa informação pra mim…
Nas proximidades da Ilha do Quiepe, um banco de areia provocava ondas de um tamanho considerável, quando acabaram essa sequência de ondas, acreditávamos que o pior tinha passado, mas as grande vagas (ondas que não quebram), grandes paredes impressionavam ainda mais, aparentava ter 5 metros de altura.
Nós acreditávamos que era o pior mar que já tinha ocorrido por estas bandas, isso nos consolaria, porque pior não ficaria…
Mestre Afrodisio, dizio para os amigos, disse que já enfrentou mas muito pior…
Consolou por um lado, e assustou por outro…
Uma das colegas deu comida involuntária aos peixes, não revelo o nome da tripulante nem que ela mora na capital mais alta do Brasil…
Mais uma vez, chegamos clandestinamente, desembarcamos na terceira praia, não passamos pelo cais…
O curioso foi que nosso mestre, que nos conduziu tão bem e em segurança por uma mar difícil, ao chegar em sua calma Camamu, escorregou e caiu no rio…
Lição:
– Seguro estamos no sofá de casa, concentração até o final da jornada!!!
Pousada na primeira praia, morro vazio…
A fome era grande, colada com a pousada estava La Bodeguita, mais uma amostra da excelente comida Baiana, até o bife a parmegiana estava espetacular.
Sofri muitas críticas por ter pedido esse prato, mas…
O importante é a “bonzura” não as criticas….
6º Dia – 15 de setembro (terça) – Morro de São Paulo
Caminhada até a praia da Gamboa, Leandro e Valdinei, nadando, mais rápido que os caminhantes.
Lagosta gratinada espetacular, o que faltou foi uma ducha de água de côco, que o garçon parece ter nos oferecido junto com
a lagosta, virou lenda a ducha de água de côco, que seria um espetáculo se fosse verdade.
A proposta era voltar caminhado pra pousada, uma caminhada com propósito, já que uma colega reclamou muito de nossa caminhada despropositada em Barra Grande.
Na praia da Gamboa, um trator rebocando uma cabine de passageiros, levava os moradores até a comunidade de Zímbu, a mais pobre e esquecida do Morro.
Nos recusamos a “ameaça” do motorista do trator, ele disse:
– É muito longe!!!
Uma estrada de areia com algumas poças gigantes no início não assustou os caminhantes.
Chegamos, depois de muito caminhar a comunidade do Zímbu, a colega ficou assustada, mas fomos recebidos com um…
Bem vindos a comunidade, certamente nenhum turista vai até lá.
Dois meninos fizeram de cascas de coqueiro seus carrinhos para brincar pelas areias das ruelas de areia…
Eles estão perdendo, além da realidade do Brasil, casas simples sem reboco, tem numa iguaria gastronômica, a língua de sogra, não entendi porque tem esse nome…
Um pão bem comprido….
Na massa, tinha queijo e côco misturado.
A pequena padaria, tinha o mesmo nome, Língua de Sogra.
No meio da vila observamos crianças brincando, uma menina disse a um menino:
– Eu não estou pedindo estou mandando!!!
Força da mulher baiana…
A poucos metros do centro da vila está a quarta praia, decrescemos chegamos na nossa primeira…
7º Dia – 16 de setembro (quarta) – Morro de São Paulo – Salvador
O excelente café da manhã da pousada, me agradaria somente pela banana frita.
Uma caminhada até o porto…
um barco até o atracadouro, um micro-ônibus até Bom Despacho, fomos despachados de ferry até São Joaquim em Salvador.
Parecia que nós éramos os únicos turistas no ferry.
O motorista da van nos sugeriu almoçar na Ribeira. Provamos uma lambreta, uma pequena ostra, uma iguaria, a maioria foi na mariscada.
Um dissidente foi no outro restaurante comer uma moqueca de siri mole, se enganou e comeu uma moqueca de siri catado, em santa Catarina conhecido como carne de siri.
O pior fez um dos viajantes que almoçou nos dois restaurantes ao mesmo tempo,
uma vergonheira…
Sorvete da conhecida desde 1953, Sorveteria da Ribeira, completou a rota gastro…
Igreja do Bomfim, com a expressa recomendação de não deixar os vendedores amarrar fitinhas no braço, isso é quase um casamento, que só é dissolvido mediante ao pagamento de algumas dúzias de fitinhas…
Uma subida no elevador Lacerda, que faz parte do sistema de transporte público de Salvador e um passeio no pelo pelourinho fecharam nosso passeio pelo centro histórico de Salvador.
Uma camiseta chama atenção, vem com a curiosa frase:
– NÃO APERTE A MINHA MENTE!!!
Os vendedores disseram que é uma famosa expressão baiana para alguém que está incomodando.
Eu disse ao vendedor que me fez lembrar a Alda, que tem uma pousada no litoral norte baiano, ela tem uma frase recorrente para algum assunto que esteja sendo muito comentado desnecessariamente:
– Uma masturbação mental!
Os vendedores acharam engraçado, talvez um dia vire uma camiseta…
O grupo se dividiu entre comer acarajé no Rio Vermelho na barraca da Cira, famosa por não sorrir, e comer pizza.
8º Dia – 17 de setembro (quarta) – Salvador
Praia de Guarajuba, sugestão do motorista, uma agradável surpresa, natação o trio Lele, Vava e Jojo, destruíram as ondas acalmadas pelos recifes.
Um rapaz se aproximou e disse que era guada-vidas, quando viu Leandro e Valdinei entrar na água, disse pro Assis, melhor eles não irem muito longe para não me dar trabalho, em uma rápida, eficiente e malcriada resposta, o mestre Assis disse que era mais fácil tu dar trabalho aos dois…
Ele também comentou que estava com medo de nadar sozinho, porque um cardume de orcas atacou uns barcos de pescadores próximo dali…
Moquecada de pescada amarela com camarão e siri mole frito e a milanesa como aperitivo foram nossas escolhas no restaurante a beira mar.
Uma breve passada no projeto Tamar, na Praia do Forte, fecharam nosso último passeio baiano.
A turma da 6ª série como foi apelidado os meninos do grupo pela Evanice, segundo ela os homens nunca saem da 6ª série, fizeram uma homenagem para a colega, dando de presente um conjunto de praia, baldinho e outros brinquedos.
Ela confessou minutos antes que nunca teve um baldinho de praia, e que sempre foi seu sonho…
A despedida gastronômica…
O Camarão do mister no Boteco do Piri em Amaralina.
O Piri foi premiado em vários festivais de comida de boteco…
Testado e aprovado por todos.
9º Dia – 18 de setembro (quarta) – Salvador
EM TEMPOS DE CRISE, ONDE TODOS ESTÃO TRANCADOS DENTRO DE CASA,
AGRADEÇO IMENSAMENTE AOS VIAJANTES QUE ACREDITARAM NESSE PROJETO!
MUITO OBRIGADO TURMA DO BALDINHO DA 6ª SERIE!!!
ATÉ A PRÓXIMA AVENTURA…