
Diário de Bordo Viagem Julho de 2017 – Travessia na Costa Rica + Nicarágua + Panamá
Dia 27 de junho de 2017 – As juntadas…
Francesca, Valentim passam na minha casa, foi a primeira juntada!
Viagem pra Porto Alegre, primeira parada, casa da Lais, colega de viagem, para um verdadeiro café colonial com direito a
bolo de queijo e de maça, a segunda juntada.
Casa na Lourdes, a terceira juntada, foi a janta, um estrogonofe de comer ajoelhado, comecei muito mau a viagem, no intento de voltar mais leve pra casa…
O bulldog inglês, o Toko, manda na casa…
O Fabiano, filho da Lourdes, gentilmente nos levou pro Salgadão, apelido do terminal novo do aeroporto de Porto Alegre, o antigo é o Salgadinho….
Nos cinco, todos com mochilas pequenas sem despachar bagagem.
Dia 28 de junho (quarta feira) – Brasil – Panamá – Manágua – Granada
Chegamos no Aeroporto do Panamá as pouco antes das 7 horas da manha, encontramos os colegas Wagner e Márcia de Curitiba, também com pequenas mochilas!
As 10h26 estávamos em Manágua, capital da Nicarágua.
A ultima vez que estive na Nicarágua, foi em 2013, com o grupo, Os 20 do Infinity.
No aeroporto já vi uma reforma, melhorou, e a atmosfera estava mais leve…
Quando estávamos na fila da aduana, sentimos falta de uma de nossas colegas de viagem, por dois minutos gerou uma preocupação. Prefiro não dizer o nome, por motivos de contrato de confidencialidade, o que acontece aqui, fica aqui, mas, nada impede de narrar o fato!!!
Ela apareceu com cara de quem fez arte!
Descobrimos ela deu um “triplo mortal carpado” na escada rolante, ralou o joelho, mas sobreviveu…
Sem parar em esteira pra esperar as bagagens, fomos logo saindo do aeroporto, uma das grande vantagens de não despachar bagagens.
Nosso motora já esperava na saída com a desejada plaquinha com meu nome.
No caminho entre o aeroporto e Granada, foi possível ver excelente estradas, sem um buraco sequer. Nosso hotel surpreendeu os viajantes, um antigo mercado, foi transformado em um lindo e aconchegante hotel, com uma piscina de encher os olhos, 5 raias de 25 metros cheia de arvores em volta.
O desconhecimento das pessoas fazer elas dizerem:
– O que vai fazer na Nicarágua, lá tem guerra….
Bom, meu comentários sobre isso devem ser respondidos aqui abaixo.
Essa foto na verdade é na saída, fronteira com a Costa Rica.
Um dia pra recuperar a viagem, primeiros passeios na bela Granada.
As 15h30 fomos passear de barco pelo Lago da Nicarágua, que margeia a cidade de Granada.
O segundo maior e mais profundo lado da America Latina, o primeiro é o Titicaca na Bolívia.
Lugar de grandes peixes e de tubarão de água doce, ele entram no Rio San Juan, vindos do mar, e passam uma temporada no lago.
Lindo passeio, por ilhas com belas casas das famílias ricas da Nicarágua, o destaque para a pequena ilha dos macacos, que contradiz o velho ditado, que macaco gordo não sobre em arvore, sobre sim! Um dos macacos estava bem barrigudo e pulava de calho em galho…
Encontramos o ultimo viajante que faltava, Rafael, sobrinho de Márcia e Wagner, mora nos Estados Unidos, a quinta e ultima juntada!
Emocionante encontro familiar, eles não se encontravam a mais de um ano.
Fico feliz de provocar estes encontros.
Juntada = encontros do grupo aos poucos, ajuntamento, não sei se existe essa palavra, mas achei ideal pro momento, o Valentim, de 9 anos, adorou!
Foi o primeiro grupo, das 28 viagens que fiz, onde nenhuma pessoa despachou bagagens!!!
Bem vindos a TRAVESSIAS PELO MUNDO E ESCOLA DE MOCHILEIROS!!!
Curiosidade:
Antes da viagem eu comi da pracinha da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, onde moro uma arepa, sanduíche típico da Venezuela com pão de milho.
Os vendedores eram imigrantes de ultima leva, em comentários sobre o país, disseram que a filha de um famoso, falecido ex presidente tem em sua conta bancaria, 4 BILHÕES DE DÓLARES, segundo ela, vendendo produtos AVON.
O Rafael é executivo da AVON, ele disse que a empresa tem faturamento anual de 5 bilhões, lucro de 400 milhões por ano.
Certamente a empresa chamará essa moça, porque é um fenômeno mundial de vendas……..
A noite fomos comemorar a reunião do grupo com um jantar na Calzada, principal rua de Granada.
Impossível não lembrar dos grupos que já passaram por aqui,
2011, 2012, 2013.
Em homenagem ao Luke, tomei um “refrigerante” chamado Tonã(tonha).
Dia 29 de junho (quinta feira) – Duas Crateras…
As 9h nosso Guia Hanry, indicado por Edgar, que foi nosso guia em 2012 e 2013, nos levou pra capital, pelo caminho para Managuá, foi possível ver uma estrada duplicada, impecavelmente limpa, ajardinada, faixas pintadas.
Era visível a evolução do pais em quatro anos.
A capital, esta bonita em bem cuidada, apesar de fotos do presidente e da vice, sua esposa em alguns lugares da cidade, também, foto do ex-presidente da Venezuela.
Estranho também são bandeiras do partido do presidente ao lado da bandeira da Nicarágua por todos os cantos da cidade, inimaginável ver isso no Brasil, mesmo porque alguns partidos não gostam de nossa bandeira….
A vice presidente, dizem ser uma mulher “esotérica”, ela espalhou arvores de metal com iluminação por toda a capital, parecem de natal, mas muito simpáticas, dão um colorido especial a cidade, segundo os nicaragüenses, tiraram arvores de verdade pra colocar de metal.
O slogan do pais é:
Nicarágua, Socialista y Cristiana.
Uma policia bem atuante, não deixa passar nada, o transito é civilizado, com todos andando na linha e em baixa velocidade.
Henry, falou com propriedade que Nicarágua é o pais mais seguro da América Central, podemos sentir essa sensação. Eu arriscaria dizer que Nicarágua hoje poderia ser o terceiro pais mais seguro dos países continentais das Américas, só perdendo pro Canadá e Chile.
Nosso guia tinha sido preparado para lutar na guerra ao lado dos sandinistas, mas para “fugir” de morrer na guerra, ele foi estudar quatro anos em Cuba.
Ele nos deu uma aula de Nicarágua, desde sua formação ate dias de hoje.
Para um pais, que a poucos anos foi massacrado pela guerra civil, esta em ótima situação com o turismo em franca expansão.
Manágua foi destruída por um terremoto em 1972, a residência presidencial com vista para um lago, desabou.
Hoje é um monumento.
Foi construído um “Malecon”, uma beira mar, beira lago, deixou linda a feia orla do lago de Manágua.
Com o que aprendi com Beto Moon, a estatua de Simon Bolivar, no Malecon, indicava que ele havia morrido em decorrência de ferimentos de guerra, uma pata levantada.
Com as duas patas no chão indica morte natural, e as duas patas no ar, morreu na guerra.
Visitamos a nova catedral de Manágua, eu mudei minha visão da catedral, antes achava feia, com seu teto com, o que parece ser, 64 botijões de gás, numero de dioceses, os moradores diziam na época da construção, que parecia uma caixa de ovos.
A catedral tem iluminação natural, graças as maravilhas arquitetônicas.
Uma breve passada pelo Mercado de Artezanias de Masaya, bela cerâmicas, machetaria e potes com madeira queimada, são o destaque em Masaya.
Chegamos a esperada, Laguna de Apoyo, cratera de um extinto vulcão, hoje um lago de 5 km de raio, tem tudo pra ser realizada uma Travessia, estou tentando juntar, Federação de Natação, Fundação de Turismo e grandes hotéis da região pra sugerir essa idéia.
Só foi o tempo de deixarmos nossas coisas e pulamos na águas verdes, claras e quentes a 31 graus da Laguna de Apoyo, nosso guia disse que em alguns lugares na margem, brotam fontes de água fervendo, ops!!!
O combinado era, se alguém sentir água ferver ou muitas bolhas, avisa e sai correndo…
Comida boa, piscina, excelente estrutura, aberta ao publico do Apoyo Resort, deixaram nosso dia muito agradável.
O mais engraçado, era um lugar chamado TROCADOR DE HOMENS E TROCADOR DE MULHERES. As brincadeiras foram inevitáveis com as variadas possibilidades…k
Em um dia de dois vulcões, faltava ver lava!!!
Vulcão Masaya, entrou em atividade a um ano e meio, fila de carros na entrada, entramos no parque, os carros entram em grupos, nos esperamos um tempo, depois decidimos ir caminhando, em uma portaria fomos barrados, o senhor disse que tinham muitas cascavéis, não poderíamos caminhar….
Voltamos ao carro e subimos para ver uma cena que poucas pessoas no mundo tem oportunidade, lava dentro de uma cratera!
Era possível ver o rio de lava!!!
O que mais impressionou foi o barulho, parecia o barulho do mar!
Ficamos por lá, aproximadamente 15 minutos, por não correr riscos pelos gases do vulcão e porque outros grupos tinham que subir.
Os invasores europeus diziam que o vulcão era manifestação do diabo, os indígenas diziam que era de deus, uma questão de escolher no que acreditar e ponto de vista!!!
Todos felizes e emocionados com a força da natureza.
Na descida nosso guia disse todo entusiasmado que o Vulcão Masaya era uma das 7 portas do inferno no mundo…
UFA, ESTAMOS DE SAIDA!!!
Acabamos o dia intenso na Nicarágua, com um treino e aula de natação a noite, na mais bela piscina do mundo da Nicarágua!!!
Dia 30 de junho (sexta feira) – Cristo Privatizado \ Adeus Nicarágua
Na hora combinada nosso novo condutor, o José, estava nos esperando na porta do hotel.
José fez questão de tirar uma foto nossa, já que era o primeiro serviço que ele fazia para a empresa da Costa Rica,
que eu contratei.
Ao contrario de Henry, José era critico ao governo, disse que passou o natal na cadeia em 2016, porque, segundo ele, estava no lugar errado na hora errada.
Passou no momento que pessoas protestavam contra a construção do canal, que ligaria o atlântico ao pacifico na Nicarágua.
A primeira idéia do canal, antes de ser feita no panamá, era fazer na Nicarágua, mas, por algumas manobras, foi feito no Panamá.
Nos últimos anos a Nicarágua começou um movimento de construir um canal em parceria com a China, mas a grande resistência da população, não deve acontecer.
José dizia que não tinha liberdade e a oposição não tinha vez, que que uma família mandava em tudo no pais.
No sul da Nicarágua tem um grande parque eólico, que já representa 35% da matriz energética do pais, eles tem projetos para mais 3 anos, chegar a 100%.
E dizer que a algum tempo dizia-se no Brasil que a energia eólica era modinha, e logo passaria…
Paramos para dar uma olhada na Ilha de Ometep, que tem dois vulcões.
Por volta de 11h estávamos em San Juan del Sur.
A van nos deixou perto do Cristo, no alto do morro, com uma bela vista para a baia de San Juan.
Para minha surpresa, o cristo foi privatizado, um vigilante, sem nenhuma formalidade, cobra 2 dolares dos turistas, eu perguntei se ele tinha um recibo, ele disse:
– Ando, ando, ando!
Traduzindo, tenho, tenho, tenho…
Deixei pra lá…
O visual vale o ingresso!
Banho de mar no pacifico, lagosta, foi massa!!!
De San Juan, fomos pra fronteira, para minha surpresa, mudou muito desde a primeira vez, que estiva ali, em 2006.
Agradecemos ao José, a dona da empresa, que é Nicaraguense e mora na Costa Rica, já nos esperava, a simpática Nadia, foi eficiente, nos conduziu até a aduana.
Em pouco mais de 10 minutos, passamos pelo controle de passaporte com tranqüilidade.
Me lembro, em 2006, fiquei umas 3 horas pra passar da Costa Rica para a Nicarágua.
Caminhamos até a linha de fronteira, tiramos fotos saindo da Nicarágua e entrando na Costa Rica. Quem incomodou foram os policiais da Costa Rica, fazendo muitas perguntas desnecessárias.
Na entrada da Costa Rica, uma pequena favela, me surpreendeu e aos colegas de viagem, já que eu disse antes da viagem que costa Rica era um pais organizado e Nicarágua era pobre e desorganizado, o que parecia naquele momento era o contrario.
Da fronteira, seguimos por território Guanacasteco, província de Guanacaste.
Antes, na época da invasão espanhola, um território neutro. Em um plebiscito, eles decidiram por ser Costarricense.
Uma breve passada pela capital Libéria, uma pequena cidade que cresceu com a imensidão de turistas que procuram as belas praias e florestas da região.
Paramos, alguns colegas queriam tomar um refresco, a van parou perto do boteco mais famoso de Libéria, uma de nossas colegas disse, nesse boteco eu não entro!
Enquanto eu fui na padaria e voltei, lá estava nossa colega na porta do boteco tomando “una cerveza imperial”.
Um dilúvio, nos atingiu na saída de Libéria, deu tudo certo, chegamos a praia de Brasilito.
Uma americana era a dona da pousada, ela foi alfabetizada em português, morou no Brasil, tinha um certo trauma porque seu inglês na adolescência, tinha sotaque!!
O simpático Isac, era o fiel escudeiro dela.
Isac saiu da província de Cartago, uma província mais pobre, sem turismo. Isac deixou a casa dos pais, para diminuir a despesa da casa. Ele não estudou, mas um rapaz inteligente, estudou inglês por conta própria na internet, e hoje tem a linha fluente, ele veio trabalhar em um lugar onde, falar inglês vale como uma profissão.
Fora um escorpião no quarto das meninas, o resto foi tudo certo!
Brasilito era uma praia de 3ª divisão, com esgoto a céu aberto. Paramos em Brasilito, não foi pelo nome, mas pela proximidade com a praia de Conchal, local da Travessia.
Dia 1 de julho (sábado) – Reconhecimento
Descemos até a praia, seguimos pra esquerda, caminhamos pela praia, até o fim, de longe, vimos que os carros entravam na floresta e desaparecia, estilo “lost”.
Até que, nos mesmos sumimos.
Um pequeno morrinho separa Brasilito, da praia de Conchal.
A bela Praia de Conchal, se destaca por três características:
1 – Linda, água cristalina.
2 – Dois resorts de luxo.
3 – Praia popular, muitas famílias vão fazer farofa na praia.
Um banho de mar, caminhadas, passeios de jetski, divertiram os viajantes.
As 14 horas, pegamos os kits, chamados por eles de “paquetes”.
Pablo Sanches, irmão do Sergio, organizadores, fez uma bela explanação sobre a prova.
No final, uma moça mostrou uma foto de uma cobra, preta e amarela, ela disse que viu umas quatro na praia. Eles disseram que ela uma serpente marinha, a noticia boa, tinha uma boca muito pequena, incapaz de morder, a ruim, ultra venenosa, capaz de matar uma pessoa.
Fiquei apreensivo com a informação, mas fiquei pra mim, pelo menos até o fim da prova.
Dia 2 de julho (domingo) – O grande dia!
Acordamos as 5h15, a primeira largada de era as 6h45.
O grande motivador de nossa viagem estava chegando!
As 5h40 caminhamos até o local da Travessia.
Valentim foi o primeiro, nadaria 400 metros, em sua primeira viagem, e primeira travessia internacional.
Foi tranqüilo, se sentiu bem, ficou bem feliz em ver uma tartaruga.
Apesar de não recomendado, um cachorro rastafari, estava na praia.
Logo chegou nossa vez, 1500 metros, eu primeiro, as meninas 30 segundos depois.
Larguei sem pressa e sem correr, quando me aproximei da primeira bóia, senti uma pressão na água, as meninas chegando, fiz como um retardatário da formula 1, olhei pra trás e procurei não atrapalhar, consegui, passei a bóia, escutei a Márcia me dando força.
Durante a passagem da segunda bóia obrigatória, pensei ter visto a Professora Regina Feldman, mas por dois motivos não poderia ser, primeiro que ela não estava na Costa Rica, segundo, porque ela já teria me ultrapassado a muito tempo!
Quem poderia estar por ali, era Kim Feldman, viajante dos 7 mares!
A Laís, me passa no meio da prova, como aconteceu em St Kits, ultima travessia que fizemos juntos, podemos concluir que ela larga devagar e vai acelerando, eu acho que tenho o mesmo ritmo a prova toda.
Quando passei a ultima bóia, vi que eu poderia fazer o tempo que eu pretendia, acelerei como um “bicho preguiça” e cheguei 1m31 segundo a menos do tempo pretendido, bati meu próprio recorde mundial.
A prova de 4 km, contou com a presença do Rafael, que também nadava sua primeira prova internacional.
Eu fui ver o resultado no celular do Pablo, Francesca em 4º na categoria, Marcia em 5º, Lourdes em terceiro e Lais em primeiro da Categoria.
Resolvi guardar segredo para fazer uma surpresa para elas, disse que a Laís teria ficado em terceiro e Lourdes em 4º.
Eu, depois do décimo fiquei em 4º da categoria….
Todos felizes com os resultados.
Na praia de Conhal, tinham dois casais argentinos, eles vendiam comida pra seguir viagem, um mais novo com uma Kombi, vendia fruta, o outro com um micro ônibus, com duas crianças, vendia focaccia, em forma de sanduíche, feitas pelo chef Marten.
O colega Wagner já os seguia pela internet.
Nosso almoço uma focaccia com suco de limão, embaixo de uma arvore na Praia de Conchal.
O gosto era bom, adocicado com abacaxi, o valor, barato, 4 dólares.
Alem de dar uma força pra família, ficamos satisfeitos com o almoço.
Voltamos a pousada, arrumamos as mochilas, eu a Lais e a Lourdes, descemos até o local de premiação, a Lourdes quase estragou a surpresa, ela pensou em não ir na premiação.
O restaurante onde foi a premiação estava lotado de nadadores.
Todos os colegas chegaram, Lourdes já estava com a bagagem da Laís, quando chamaram o terceiro lugar, Lourdes, surpresa, sorrisos!
Laís esperou seu nome ser chamado em segundo, não foi, ficou preocupada, logo chamaram em primeiro, mais surpresa, mais sorrisos.
Todos felizes, seguimos viagem para San José, a capital.
No meio do caminho paramos no Rio Tarcoles, cravado de horrorosos crocodilos.
Em 2013 eu disse que daria mil dólares para quem atravessa-se o rio nadando, Luke se empolgou, até chegar lá e ver os bichos!
Dessa vez contamos 50 dos crocodilos do Rio Tarcoles.
O hotel em San José, é nossa casa, bom, agradável, bem localizado e ambiente familiar.
Os colegas foram jantar e eu fui fazer meu compromisso obrigatório na Costa Rica, visitar os amigos, Fernando, Michele e os filhos, desta vez Andres, que já tinha 15 anos, a primeia vez que fui, em 2006, ele era um bebe. Sempre agradável encontro, ótima comida na casa da família Madrigal.
Dia 3 de julho (segunda feira) – Rumo ao Panamá
O novo amigo Pablo, veio ate o hotel me presentear com um kit de um evento que eles realizaram, o incrível foi que, o numero do competidor era exatamente o tempo que fiz na Travessia. São 4 números, dos iguais + dois iguais, a soma, é 22.
O primeiro que enviar a resposta para esse email mp@travessias.com, ganha uma camiseta.
Retribui o presente, combinamos futuros projetos juntos.
Acabou, por um motivo ou por outro acontecendo uma coincidência, quem nadou na cratera na Nicarágua, não viu a cratera na Costa Rica, essa vez, por outro motivo aconteceu de novo.
O Vulcão Poas esta nervoso, segundo meu amigo Fernando, parece uma chaleira, uma chiadeira só, risco de explosão eminente, por isso o parque esta fechado.
O próprio Fernando sofreu, com a erupção do Vulcão, Rincon de la Vieja, ele tem um terreno com quatro cachoeira de água quente, duas delas foram destruídas.
Eu, sou o único que nadou na Laguna de Apoyo e viu a cratera do Poas!
Após uma breve visita ao centro de San José, que esta mais bonito, seguimos viagem para a fronteira caribenha entre Costa Rica e Panamá, as vezes cansa….
Paramos para almoçar em um lugar típico, comida caseira Costarricense.
Entre os pratos, tinha tamales, logo recordei de um amigo, que perguntaram se ele queria tamales, ele disse que estava bem!!! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Na passagem por Limon, a maior cidade do lado caribenho da Costa Rica, o portal do cemitério chamou atenção.
Uma breve parada na bela Porto Viejo.
Por volta de 15h30, nosso motorista parou o carro e disse:
– Eu fico aqui, vocês seguem viagem!
Por mais que eu sabia que isso aconteceria, por mais que eu tenha experiência, deu uma sensação diferente, rumo ao desconhecido….
Agradecemos o motorista, recolhemos as tralhas e seguimos ate o posto de aduana.
As fronteiras latino-americanas sempre tensas, essa, muito tranqüila.
Poucos viajantes, estava ali pra atravessar, pagamos a taxa de 7 dolares para sair da Costa Rica, e atravessamos a fronteira caminhando pela ponte, passando da localidade de Finca 52 na Costa Rica, para Sixaola no Panamá.
Minha 8ª viagem a Costa Rica!
Os turistas aprendem a falar a expressão PURA VIDA, equivalente ao nosso BELEZA, quem vai 8 vezes aprende a falar MÁE, uma gíria muito usada ente eles, equivalente ao nosso CARA!
No lado panamenho uma certa pressão, para pegarmos uma van que nos levaria a cidade de Almirante, eles diziam que o ultimo barco para Bocas del Toro, sairia as 18h, e como o Panamá tem uma hora a mais estávamos atrasados, nosso motorista ligou e disse para nos esperarem.
A van em alta velocidade, me fez perguntar pro motora se o panamá tinha algum piloto de formula 1, ele disse que era uma pena, mas não tinha.
Também disse pra ele ir DESPACITO!!!!
Chegamos em um pequeno porto, entramos em uma lancha rápida, 30 minutos depois estávamos no portinho de Bocas del Toro.
Uma caminhada de 15 minutos, estávamos em nosso hotel.
O curioso é que eu li um comentário de uma pessoa sobre o hotel, dizendo que umas crianças que moravam ali ficavam gritando, incrível, mas eu escutei as mesmas crianças, mas, elas não incomodaram!
Ficamos hospedados na Ilha Colon a maior do arquipélago.
Dia 4 de julho (terça feira) – Bocas Del Toro
Eu fui no aeroporto, para ver uma passagem para a cidade do panamá, o que eu vi no aeroporto, era surreal.
O inicio da pista era a linha lateral de um campo de futebol, o jogo só parava com pouso ou decolagem.
O banco de reserva, ficava encima de uma vala de esgoto a céu aberto, que contornava todo o aeroporto.
Crianças atravessavam a pista, para encurtar caminho para a escola, eram poucos vôos que chegava, ali, reduziam muito os riscos.
Pegamos uma van e fomos para Bocas del Drago,uma trilha na beira do mar, ate na praia Estrella, revelou um caribe puro, sem interferências do homem, coqueiros a beira mar, águas cristalina.
Paramos na frente da barraca da Sandra, ela trabalhou em cruzeiro, por alguns anos, cansou da vida no mar, montou um quiosque a beira mar, servindo bebidas aos turistas, o estoque de abacaxi acabou…
Não tinham muitas estrelas na Praia Estrellas, mas foi lindo nosso passeio.
Na volta, fomos por mar, com isso demos uma volta completa na Ilha Colon.
Dia 5 de julho (quarta feira) – Bocas Del Toro
Nosso destino era o passeio até o Cayo Sapatilla e Cayo Caracoles.
A palavra cai, não tem uma tradução literal em português, mas poderemos chamar de ilhota.
Uma torrencial chuva de verão, vez atrasar um pouco o embarque, Briguite, uma sorridente canadense de origem chinesa, foi nossa companheira de passeio.
A primeira parada, baia dos golfinhos.
Lembrei de uma pessoa que fez um relato na internet que se sentiu enganado, porque não viu golfinhos, como se fosse possível combinar a hora com golfinhos…
Nosso grupo merecia, eles estavam lá, pescando, brincando, um grupo entre 6 e 8, o passeio já estava pago com esse espetáculo.
Uma região de mangue, águas claras esverdeadas, transição para as águas caribenhas.
Paramos no Cayo Sapatilla 2, uma ilhota em formato de sapato, água cristalina, muitas conchas e peixes, eu a Lourdes e a Láis, fizemos um Bora PAZ Ilha Internacional.(nadamos até uma ilha).
Uma arraia, passeava próximo a ilha, Rafael viu um tubarão.
A imagem mais impressionante quem viu foi o Valentim, um caranguejo ermitão, usa concha como casa e carapaça, trocando de concha, tudo muito rápido.
Ele escolhe uma nova concha, analisa, olha para os lados, vê se não tem predador, e troca.
A volta paramos no Cayo Caracoles, uma impressionante floresta sub aquática em uma região de mangue, muitos corais, plantas e peixes.
Finalmente um almoço caribenho em uma palafita, caro, mas coroava o momento.
Na volta….
Como diria minha saudosa vó Rita:
– Meu deus daminhalma!!
Uma chuva forte, frio, nos fez abrigar da forma que foi possivel, a canadense se abraçou com o Valentim, pra proteger e aproveitar pra se esquentar também.
Passamos ainda por uma ilha com muitas estrelas do mar e outra com bichos preguiça, vimos um deles, estava todo enrolado e com frio como nós.
Pisamos em terra, acabou a chuva!!!
Tínhamos duas formas de formas de chegar a Cidade do Panamá, ônibus, 10 horas de viagem, ou de avião uma hora, inicialmente Rafael, Wagner e Marcia, iriam de avião e os demais de busão.
Mas, no fim da viagem, decidimos por ir de avião também.
Dia 9 – 6 de julho (quinta feira) – Bocas Del Toro
As 6h, estávamos na porta do aeroporto, fechada com cadeado, logo chegou a administradora.
Antecipamos a volta, porque estava chovendo, sorte a nossa, exatos 6 lugares sobrando no foker 50, da Panamá Air.
Decolamos com chuva, o tempo foi melhorando, até a aterrissagem no Allbrook Airport, antigo aeroporto das tropas americanas que protegiam o canal, território americano, hoje aeroporto municipal.
O simpático Omar nos levou pra fazer um passeio na cidade.
Após o passeio, pegamos o metro e fomos comer ceviche e aranitas (tentáculos de lula frita) no mercado do porto.
Dia 10 – 7 de julho (sexta feira) – Cidade do Panamá
Decidimos por visitar a zona de livre comercio de Colon, despedida dos Marcia e Wagner, eles continuam a viagem pelo caribe, a primeira dejuntada.
Nosso dramático motorista, contou muitas historias, demais da conta!!
Para entrar em um dos portões, ele teve que pagar uma propina de 10 dolares, não deu pra entende muito, mas pelo que vimos, isso era praxe.
Dia 11 – 8 de julho (sábado) – Cidade do Panamá
O cheking fizemos as 9h30, voltamos para passar o tempo no shopping, próximo ao aeroporto, os despedimos do Rafael, a segunda dejuntada, que rumava para o norte.
Nós, rumamos para Porto Alegre, único vôo para o Panamá do sul do Brasil.
Dia 10 de julho – Brasil
Mais uma gentileza Fabiano filho da Lourdes, terceira dejuntada.
Ele nos deixou na casa da Laís, salada de fruta, duas da madrugada partimos pra Floripa.
Sol de floripa, ultima dejuntada, até a próxima, Valentim e Francesca.
Um grupo maravilhoso, proporcionou uma viagem tranqüila, tudo deu certo.
obrigado, Lourdes, Láis, Wagner, Márcia, Francesca e “Principito” Valentim.
Temos encontro marcado, julho de 2018, Escandinávia!
Nos vemos nas praias do mundo!
Marcos Pinheiro