Diário de bordo – ROTA MAIA 2019
TORTILHA Y JAMAICA
Dia 0 – 14 de maio, terça feira – Viagem de nossas cidades para São Paulo
Sim, um dia tranqüilo, afinal, ir para o aeroporto, pegar um vôo para de Floripa para São Paulo, tínhamos muito tempo, nosso vôo sairia somente as 6h55 minutos do dia 15 de maio, eram somente 16h45 do dia 14.
Eu sempre aviso aos viajantes para não pegar o ultimo vôo de suas cidades da mesma companhia para onde vamos pegar o vôo internacional.
Portanto, nada poderá nos acontecer…
Eu e Léia, fizemos uma breve parada na padaria do Joca, próximo ao aeroporto, onde seis pães de queijo, custam o mesmo que um pão de queijo no aeroporto…
Comprei uns quitutes para levar na viagem, seguimos para o aeroporto.
No momentos que estacionávamos o carro, mensagem da Aglair, nosso vôo foi cancelado!
Algo, esta muito errado, quando entro no aeroporto uma fila imensa no cheking da gol, Aglair e sua filha Maria na fila, fui em direção ao funcionário da gol.
Ele disse que foram cancelados todos os vôos com saída no aeroporto até amanha as 6 da manha, e que nós tínhamos que ficar na fila para ver outro vôo ou pedir reembolso, rapidamente comentei com ele que, se ficássemos na fila, perderíamos qualquer possibilidade de pegar nosso vôo em São Paulo.
Decidimos que nosso destino seria seguir para o norte de carro, pra qualquer destino ao norte!
O vento que fazia “os avião nun avua”, levou o tiket de estacionamento do kalin, filho da Aglair, onde também estavam a bordo, Maria, Taciele e Valdinei.
Procuraram por boa parte do estacionamento, acharam boiando feliz em uma poça dagua.
A caminhonete do Valdinei, seria nossa viatura sentido norte.
O primeiro obstáculo será de 3 metros de altura, Valdinei teve que escalar o portão da própria casa, não que ele tenha altura pra isso, mas ele tem habilidade!
A caminhonete estava outro bairro de Floripa, tudo certo, saímos!
Recebemos uma ligação da Léia, a tampa traseira da caminhonete abriu, caiu minha mochila,
por muita e muita sorte a Léia, viu!!!!!
Voltamos, resgatamos, seguimos, primeira fila no Morro da Serrinha!
Cruzamos o Morro da Cruz, chegamos a Avenida Mauro Ramos, ai começa um serpenteio para fugir dos muitos engarrafamentos, na pior hora possível para sair da Ilha de Santa Catarina.
Depois de mais um tour pelos bairros, Capoeiras, Monte Cristo, Procasa, Jardim Atlântico e Barreiros, chegamos a BR 101.
Como um carro de formula 1, na ultima volta na liderança, não poderíamos errar nada!!!!
Tentamos sem sucesso ligar para o numero indicado da companhia.
BR 101 limpa, com pista molhada, cruzamos os municípios sentido norte, São José, Biguaçu, Governador Celso Ramos, Tijucas, Porto Belo, a moça do pedágio, parece que sabia da nossa pressa, foi muito rápida no troco.
Alguns motoristas não sabem que a pista da esquerda é de rolamento, que eles tem que deixar passar quem esta atrás, independente da velocidade, esta no código de transito brasileiro, artigos 29 e 30.
Sob pena de uma Infração média; pena de multa, R$ 130,16 e 4 pontos na CNH.
Itapema, Balneário Camboriu, Itajaí, já divisa com Navegantes.
Faltando apenas três kms para chegar na ponte, o transito para, já comecei a pensar como chegaríamos em Navegantes que não pelo BR.
Andou, saímos da BR, transito lento, obras na pista já em Navegantes.
Combinamos que no aeroporto, eu correria pra dentro do terminal Aglair ficaria na porta e Valdinei dentro do carro, para não perdermos tempo, caso não desse certo.
Chegamos, corri, cheguei no balcão vazio.
– Eu estava fechando, disse a moça, são 20h25, eu cheguei as 20h24m59s!
Rapidamente expliquei a situação pra moça, ela disse:
– Não! Vocês tem que voltar em Floripa e resolver lá a situação…
EU RI POR DENTRO E PENSEI, VAMOS ENTRAR NESSE AVIÃO!!!!
Moça, acho que você não entendeu a gravidade da situação, vamos perder o vôo internacional se não entrarmos nesse avião, eu disse, calmo ainda para a moça!
Ah, vou falar com nossa supervisora disse ela!
Voltou já com um sorriso meio amarelo, meio aliviado, dizendo que a coordenadora estava no telefone com floripa e que daria certo a manobra.
Aglair avisou o Valdinei que foi no estacionamento e o rapaz parecia que já sabia e fez tudo muito rápido.
Vantagem de viajar somente com bagagem de mão, em poucos minutos estamos com o cartão de embarque na mão!!!
SIM PARA IR ADIANTE NA VIDA, TEMOS QUE ROMPER BARREIRAS, IR ALEM, AS VEZES REGRAS, ACREDITAR!!!
Obrigados os amigos que estavam acompanhando ao vivo a situação, alem de não duvidar, deram muito apoio e pediram nossa proteção os seus protetores.
Chegamos bem em São Paulo, já encontramos os primeiros viajantes!!!
Dia 1 – 15 de maio, quarta feira – Brasil – Guatemala
Apresentação as 3h, embarque as 6h55 em São Paulo.
Escala as 10h40 em Bogotá, um atraso na saída de são Paulo, deixou nossa conexão bem apertada, deu tudo certo, por volta de as 14h40 estávamos na Cidade da Guatemala.
Um cartaz indicava nosso motorista, Rodolfo simpático e falante.
Já na saída do aeroporto, uma aula de Guatemala.
Ele, ex militar Rodolfo seguiu os conselhos da mãe e abandonou as forças armadas, depois de sucessivas intempéries guatemaltecas.
Ele comentou que sofreram anos com muitas guerras e guerrilhas.
Primeiro foram as guerrilhas de esquerda, com o fim da guerra e de posse das armas, alguns bandos começaram a seqüestrar, depois assaltos a banco, agora milícias.
Eu esqueci de dizer pra ele que a próxima situação é a explosão de caixa eletrônico…
Políticos mau intencionados e povo com baixa escolaridade, receita certa para um descaminho..
A eleição pra presidente acontece em junho, segundo ele a líder das pesquisas, uma ex guerrilheira de esquerda, é a líder das pesquisas, dizem ser parecida com o gato de botas.
Será eleita por ser a mais experiente, mesmo com problemas na justiça.
Ela chegou a se divorciar do marido que já tinha sido presidente e não poderia legalmente ser candidata….
Acho que conheço esse filme…
Chegamos a Antigua, a bela pousada com jardim central agradou a todos.
Após trocarmos dinheiro, procuramos um restaurante, entre tantos belos restaurante, luzes, musicas, drinques especiais…
Escolhemos o Restaurante do José, provavelmente o mais feinho de Antigua.
A simpática Ana, exibia feliz seus dentes reparados com ouro, como muitos guatemaltecos.
Recebeu nosso pedido e saiu pela noite de Antigua.
Volta com nossos bifes!!!
Foi para a cozinha, o dono do restaurante nos serviu, o suco que estava no menu, flor de Jamaica, uma mistura de chá e suco.
Vieram os pratos regados a tortilha e Jamaica, comi uma excelente comida.
Ana, voltou para cobrar a conta, mereceu uma boa gorjeta!!!
Dia 2 – 16 de maio quinta feira – Antigua – Chichicastenango – Lago Atitlan – Antigua
Rodolfo nos esperava para o passeio, no caminho uma espetacular parada para o café da manha em um grande e belo empreendimento, uma bela construção com moveis de madeira bruta. Um café típico chapin…
Chapin, apelido dado aos guatemaltecos, segundo Rodolfo, chapin era o nome das bota dos invasores espanhóis, que amassavam os guatemaltecos como mato!
Era um apelido depreciativo, como muitos, foi incorporado e eles se reconhecem como Chapines, como os Ticos na Costa Rica e Guanacos em El Salvador.
Chichicastenango, a mais autentica das cidades Maia, eram nosso destino.
Um guia nos esperava no estacionamento, acertamos e nos acompanhou em um tour pela cidade.
Passamos pela feira, onde, alem de artesanato, frutas, velas, ervas, servem comida também.
Foi avisado que não perguntássemos o preço para as moças que caminham junto com os turistas oferecendo tecidos. Um dos colegas, cometeu o sacrilégio da pergunta…
A moça, praticamente casou com ele, olhando até com olhares apaixonados…
A igreja, atração principal de Chichi, como era carinhosamente chamada, era impressionante, o sincretismo religioso chegou ao seu ponto máximo, com cerimônias católicas e maias.
A imagem do cemitério, com tumbas coloridas e um enterro.
As velas enfileiradas, vermelhas e branca deixaram todas as pinturas escurecidas, são muitas velas e defumações.
Após comprinhas, seguimos para Panacachel, na saída da cidade, um espetáculo de sujeira extrema, quem usava Chichicastenango para comprar e trocar mercadorias, jogava todo o lixo pelas janelas dos ônibus.
Uma descida impressionante e perigosa nos levava até as margens do lago Atitlan.
Sentamos a margem do lago, em um restaurante, três dos colegas foram nadar, nos 24 graus de temperatura.
Breve e agradável passagem pelo mais profundo da America Central, com 340 metros.
Dormimos cedo para acordar na madruga.
Dia 3 – 17 de maio, sexta feira – Antigua – Rio Dulce – Flores
As 3 horas, Rodolfo, nos esperava para nossa maior viagem terrestre, eram 517 kms, não medidos em kms, mas sim em horas, previsão de 12 horas!
As outras vezes que eu fiz esse percurso, um deles foi com ônibus noturno e outros dois de avião, por isso, para mim também, tudo novo!
Aproximo a cidade de Santa Cruz de Rio Hondo, no Departamento(estados) de Zacapa, um dos 22 da Guatemala, um mega engarrafamento, por conta de um asfaltamento novo.
Depois de mais de 20 minutos dentro do carro, descemos e caminhamos na margem da rodovia como imigrantes “indocumentados” sentido o “sonho” norte americano…
Uma caminhada longa, anda o engarrafamento e passa a van, com um dos viajantes viajando e sonhando de boca aberta…
Mais uma grande sugestão do nosso motorista, um hotel que serve café da manha.
Mais viagem pela frente, chegamos por volta de meio dia em Rio Dulce.
O motorista já tinha articulado, um barco nos esperava para levar a Finca Paraiso, uma fazenda com uma cachoeira de água quente.
O barco sai do Rio, passa embaixo da ponte, pelo castelo San Felipe, e entra no Lago Izabal.
São 30 minutos de navegação até a margem do lago, a comida, cara, desistimos de comer ali.
Uma caminhonete nos levou, na carroceria, por estradas rurais, até o inicio de uma trilha.
No começo, o que vimos não era convidativo, cheiro de enxofre, esgoto?
Uma aldeia indígena, jogava esgoto no rio, porcos, crianças, se divertindo no rio.
Dois senhores nos acompanharam até a cachoeira, sem nome até nossa chegada!
Impressionante, uma cachoeira de água quente, uma ocorrência geológica rara.
Uma pequena queda de água fria, pressionada por uma grande queda de água quente.
Deve cair por volta de 80 graus, não dava pra fica diretamente embaixo, parecia que arrancaria o couro…
Embaixo da queda, uma pequena caverna que formava uma sauna natural.
Na areia surge um olho dagua também de água quente.
Parecia sim, uma recompensa por termos deixado…
O acaso vai nos proteger, enquanto eu andar distraído…
https://www.youtube.com/watch?v=KFbSQEjYAag
Lembrado muito bem pelo colega…
Assis, batizou a cachoeira.
A partir do dia 18 de maio de 2019, a cachoeira de água quente na Finca Paraiso, tem o nome de CACHOEIRA DE SÃO SEVERINO!!!
Pelo menos pra nós!!! Rsrs
A volta veio com uma sensação de recompensa!
Uma viagem longa, algum desconforto, valeu a pena!!!
Muitas pessoas, não conseguem deixar chegar até a hora da recompensa,
desistem antes!!!
Uma breve parada em um “fastfood” guatemalteco, com frango, asas, coxas e até moela bem temperada eu comi, era caganeira na certa, mas estava uma delicia…
Ah Sil, desculpa, essa palavras não poderia ter falado….
O ultimo trecho da longa viagem, a noite chegamos a bela cidade de Flores.
Descobrimos um lugar pra comer tortilha e Jamaica, bom, bonito e batato!
Eu e o Valdinei, nos atracamos nos kitutes na beira do lago!
Dia 4 – 18 de maio, Sábado – Flores
Café da manha com vista para o Lago Peten.
Uma caminhada, cruzamos a ponte até a cidade de Santa Helena, mais de uma cidade gêmea, é uma cidade que politicamente é junta com flores.
Tentamos simplesmente trocar dólares por “quetzales” no Banrural, mas, parecia uma investigação procurando dólares falsos, ficamos mais de 30 minutos filas, papeis e sistemas,
desistimos, fica a historia.
O grupo foi para a impressionante Tikal, o maior de todas as terras maias.
Eu segui com Jaime, acompanhando durante os tramites da Travessia, Marinha, Bombeiros, prefeitura, eu sem pressão.
Uma pizza quadrada no excelente Restaurante Raices.
Dia 5 – 19 de maio, domingo – Travessia do Lago Peten.
Chegou o dia, um dos dias, A PRIMEIRA TRAVESSIA!!!
Assis salvou nosso “desayuno” com uma banana pra cada um, comprada na noite anterior.
Em poucos minutos estávamos no local da prova, entraram todos os nadadores em pequenos barcos e seguimos para San Andres, cidade do outro lado do Lago, local de largada.
Preferimos contratar um barco só para nós, assim eu poderia cuidar de todos e ter mais liberdade para fotografar.
Música, rainha da cidade, discurso e hino nacional, marcaram a cerimônia.
O foco principal foi a preservação do Lago Peten Itza.
Deu a largada, o pior trecho do revezamento “me toco a mi”.
Enfrentando marola e vento, “soltando uns peido fedorento”, como diz a música dos Manonas Assassinas.
Água a 31 graus, passava um pouco do ponto, ideal entre 25 e 28.
No revezamento, entreguei para a Chica em primeiro, não enxergávamos o segundo lugar…
Chica fez 3 ultrapassagens…
Os três colegas que faziam o 5 km estavam bem, Emerson e Silmara bem próximos, Valdinei, mais na frente.
A bela passagem entre o Assis e Láis marcaram nosso revezamento.
Fim da prova em uma escadaria na Ilha de Flores.
Aproveitei para fazer doações de óculos arrecadados pelos amigos de Porto Alegre, Blessane e Evaldo.
Deu tempo para ir ao hotel e voltar para a premiação.
Colocaram a bandeira do Brasil no pódium, fomos tratados como celebridades!!!
Falei no microfone que a prova tem muiiiito potencial, eles tem todas as condições de transformar em um evento internacional.
Valdinei em primeiro na categoria, Emerson em segundo, Silmara em primeiro da categoria e terceiro no geral.
No revezamento ficamos em primeiro!!!
Só tinha um…..
As festividades acabaram em um almoço para os nadadores no belo Restaurante Raices!
Voltamos da Guatemala com mais amigos no coração!
No final uma moça veio me agradecer por termos escolhido, entre tantas prova no mundo, participar do evento deles! Emocionante!
OBRIGADO AMIGOS GUATEMALTECOS!!!! Jaime, Kalin, Mynor, Piti, Yasmin!!!
Pedro, irmão do amigo Jaime, foi nosso ultimo condutor em terras Chapines.
Ele nos deixou literalmente encima da ponte que separa Guatemala e Belize.
Alias, os dois países votaram em um plebiscito para que a antiga disputa de terra entre eles, vá para o tribunal internacional em Haia, na Holanda.
Guatemala reclama que grande parte do território belizenho era seu.
Provavelmente o mapa da América Central vai mudar, pelo que parece Guatemala tem razão.
Na entrada de Belize, fui chamado a uma salinha, me lembrou a viagem para a África.
Uma moça bonita com cara de braba me perguntou de eu era o responsável pelo grupo e se eu tinha comprovação da hospedagem.
Após tudo esclarecido, fomos liberados para entrar em Belize.
Nosso próximo condutor, Andrew, um simpático belizenho, descendente de mexicanos com cara de alemão, nos levou até San Ignacio, foram apenas 30 minutos de viagem.
San Ignacio, como tudo em Belize, uma pequena cidade.
Hotel simpático bem no centro da cidade, escolhi os melhores quartos do hotel.
Os donos tem outro hotel, oferecem a piscina para os hospedes, foi nosso destino, relax total na piscina do hotel Venus!
Rodamos a cidade procurando um restaurante, encontramos arroz com feijão a poucos metros do hotel.
Dia 6 – 20 de maio, segunda feira – San Ignacio – Belize – Chetumal – México
O pessoa do hotel foi gentil, fez um café pra nos as 5h30 da manha.
As 6h15 partimos, o motora, um galego (no sul do Brasil, chamamos loiro de galego), cabelo comprido, todo agitado. Logo no começo, mostrou que queria chegar rápido!
Uma breve passada pela capital Belmopan.
A primeira vez que estive na capital foi em 2006, era uma pequena vila, apesar de ser ainda uma cidade bem pequena, a evolução é impressionante.
O motorista passou no hospital levar algo para a esposa que estava internada, compramos bolinhos de carne apimentados.
Mais um pouco a frente esta Belize City, a maior cidade do pais.
Um engarrafamento de 10 carros, levaram o motora a dizer que era hora de pico e que todos loucos por dinheiro em Belize city, e que segunda feira era muito engarrafamento.
Um breve reconhecimento em Belize City e seguimos viagem para a fronteira.
O único motora que não mereceu propina…
Na fronteira, eles não aceitaram os papeis que nos deram na outra fronteira, nos deram outros para preencher, entramos em México, arriba!!!!
Uma grande evolução do lado mexicano, muitos prédios em uma zona franca.
Edgar, o falante mexicano nos levaria pra adiante!
Na aduana mexicana, algumas poucas perguntas, grupo de natação, tudo certo!
Paramos em um lugar que fazia frango assado, paramos, mais de 100 frangos abertos inteiros.
Com quatro frangos nos fartamos, Edgar pagou porque não tínhamos pesos mexicanos., menos de 4 dólares por pessoa.
Um barco para um passeio pela Laguna Bacalar, esse era nosso passeio.
Cenote negro, com 180 metros de profundidade, alias muita gente tem medo de lugares muito profundos, como se fosse muita diferença, 2 metros e 180 metros de profundidade para alguém que tem 1,70m de altura.
Dei a idéia de caminharmos, nadarmos, em volta da “Isla de La Pasion”, no começo foi muito bom, depois começou a enterrar a perna até a canela, até o joelho e até a coxa.
Em algum momento achamos que não conseguiríamos dar a volta, mas, aos poucos fomos nos adaptando a situação e conseguimos, claro que Assis, por ser peso pluma, levava vantagem sobre o peso pesado, ele atolava menos.
Belo passeio.
Destino Playa del Carmen, com alguma dificuldade conseguimos encontrar nossas belas casas, piscina e campo de golf, mas exatamente o buraco 4.
Dia 7 – 21 de maio, terça feira – Playa del Carmen – Cozumel – Cirque du Soleil
A expectativa de Cozumel era grande, mas, foi a grande decepção.
Um breve descanso em casa, destino Cirque Du Soleil.
A entrada já impressiona, pequeno estresse na chegada, tem que apresentar o cartão de credito foi comprado o ingresso, normas de segurança..
Um teatro construído para o espetáculo, bem diferente de quando é em um ginásio improvisado, como relataram colegas que já foram.
Espetacular, emocionante, valeu cada esforço, cada centavo para estar ali, opinião unânime.
Na volta o simpático Sergio, parou em um mini mercado, compramos algo para comer, ele ofereceu para nos levar em casa, mas, o grupo, alguns do grupo disseram, pode dispensar, estamos perto de casa dentro do condomínio, o motorista achou estranho, mas foi.
Saímos do mercado e começamos a caminhar, caminhar, caminhar, eu sou “cavalo paraguaio”, começo na frente e vou ficando pra trás…
Mais de 40 minutos de caminhada e nada de encontrar nossa casa.
Eu achei o campo de golfe, achei que era perto de casa, entrei, uma escuridão só!
Caminhei e relaxei, até achar o buraco 12, depois o 13, ops, deu “pobrema”!
Voltei, encontrei um carro da segurança, disse que estava no Gardenia, buraco 4, eles me deram carona no carro da segurança, vi a cena de um dos vigilantes ensinando Frances pro outro, pena que não filmei…
Eu não poderia descer do carro em qualquer lugar, porque não poderia ser visto no carro de segurança pelas câmeras do condomínio, isso eles me disseram no final.
Acabei chegando em casa antes de todos!
O excesso de confiança as vezes nos derruba…
mais uma lição aprendida!
Dia 8 – 22 de maio – Playa del Carmen – Cancun
Viagem na direção de Cancun, desviamos o caminho para ChichenItza, as mais famosas pirâmides maia.
Nosso guia Emir, nos deu uma idéia de quanto inteligentes eram os mais, como arquitetos e astrônomos.
O que mais impressionou foi o som do Quetzal, ave símbolo da Guatemala, feito com a palma da mão. Segundo Emir, engenheiros da NASA, fizeram um estudo e chegaram a conclusão que somente com algum objeto a 1000 metros de altura, eles conseguiriam ter tamanha precisão nas construção. Como construtores eu acho que os Incas eram melhores, os encaixes das pedras são mais perfeitos.
Visitamos os dois principais sítios arqueológicos maia.
Uma parada para mergulhar no Cenote Ik Kil, o destaque para o mergulho mais “fake” da história, da C….
Uma breve parada em Valladolid, com tempo para alguns colegas se perderem…
A “perdida” rendeu a janta da noite, tive que reverter a punição….
Chegamos a nossa ultima morada, um grande prédio de 3 andares, metade hotel, metade apartamentos para alugar.
O arquiteto que fez o prédio deveria estar ….
Mobilidade zero, para um cadeirante muita dificuldade, sair do elevador, obrigatório a descer um lance de escada, para subir em nosso apartamento mais escadas, mas, nós não tínhamos problemas de mobilidade, isso não incomodou.
O apartamento nos deixou muito bem acomodados, com dois quartos com banheiro separados do apartamento principal, com dois banheiros, um quarto e banheiro bem exagerados.
A vista e o vento do mar, valeu o “ingresso”.
Todos bem acomodados!
A janta, pilotada por Valdinei, Aglair, Silmara e Doris, feita com os alimentos comprados pelos “perdidos” em Valladolid.
Dia 9 – 23 de maio, quinta feira – Cancun
Pressa pra que, depois de uma linda viagem.
Vento, sol, praia, água azul Caribe!
Pela janela avistei um animal marinho, não era golfinho, não era leão marinho com a água quente daquele jeito, o que seria…
Queríamos entrar mar a dentro, os guarda-vidas apitaram, disseram pra não seguimos adiante, conversei dizendo que eram nadadores, ele argumentou dizendo que se nos poderíamos encorajar outros banhistas, entendemos perfeitamente.
Caminhamos para a Playa Delfines, uma praia publica, como eles dizem.
Logo na chegada, avistei uma ocorrência de afogamento, chamei o amigo Valdinei, corremos na direção da ocorrência, podemos dar o amparo as pessoas que já estava na ocorrência.
Para esse tipo de atitude, tem que ter algum conhecimento, para não ser mais um a ser resgatado.
O vento forte confundia a identificação das correntes de retorno, todos deveriam ter esse conhecimento.
Passear por Cancun, reconhecer o lugar da entrega de kits e do jantar de massas.
Parada na “frustrante” roda gigante.
Os ônibus urbanos são um perigoso show a parte, a velocidade é absurda, eles aceleram o máximo, a noite parecem uma casas de shows com neon pra todos os lados.
paramos no lugar mais agitado de Cancun, em frente ao Congo Bongo, o clube noturno mais animado da America Latina.
Uma grande movimentação de norte americanos, acima do peso, mulheres de lingerie, cada um na sua, mas, bem esquisito…
Supermercado, compras, a diferença era absurda de comer fora e fazer comida, com 80 dolares compramos comida pra 9 pessoas, por 3 dias, só o café da manha onde estávamos era 20 dolares.
Na volta um violeiro cantava algumas musicas dentro de um dos “busão”, tudo ia bem até uma forte freada, evitando uma colisão, o violeiro torceu o pé, aparentemente quebrou a costela, e o pior, destruiu o violão, deu pena!
Ele, com dificuldade se levantou, tentou afinar o violão, ele não se deu conta do qual grave era a lesão do violão, pela tentativa de voltar a tocar, levou 100 pesos de gorjeta!!!
Chegamos em casa inteiros!!!
Dia 10 – 24 de maio, sexta feira – Cancun
O guarda-vida desvendou o mistério, o animal misterioso, era o tartarugo grudado na tartaruga tentando fazer tartaruguinhos…
Entrega de kits, um lindo lugar chamado Puerto Cancun, revi os amigos Abel e Rafael, organizadores do evento, curiosamente em momentos diferentes e separados, eles me disseram a mesma frase:
– Aqui o cara que me deu de presente a camiseta com o melhor tecido que já tive na vida!
Era uma camiseta de umas das provas que fizemos.
Encontramos alguns brasileiros entre eles o Carlos Marinoni do Clube Curitibano de Curitiba.
Devidamente registrados, prontos pra nadar…
Ultimo compromisso, jantar de massas, no famoso Hard Rock café Cancun…
O ambiente era bonito, cheio de objetos de artistas famosos, guitarras, roupas.
O garçom mau humorado, sem paciência, o prato era único para atletas, a bebida não estava incluída.
Comida, demorou muitooooo, alem de pouco, sem graça e sem sabor, com o preço do suco, comemos toda a refeição no boteco do José, em Antigua na Guatemala, onde a simpática Ana, nos atendeu, comprou a carne, fez a deliciosa comida!
Qual você escolheria?
Em tempos de hoje, boa parte das pessoas escolheria o mais chique e mais “gramur”, do que uma boa comida e um ótimo atendimento.
Claro, os organizadores, não tem culpa, não imaginam que um lugar internacional vai servir uma comida #@&%$#….
Dia 11 – 25 de Maio (sábado) – Travessia
Chegou o dia, acordamos as 4 horas, entendemos que tinha um “desayuno” incluído, mas pelas duvidas tomamos café da manha.
Playa Tortuga era nosso ponto de saída para cruzar o canal que separa Cancun e Islas Mujeres,
o sonho de muitos homens(não vou incluir aqui, “e de algumas mulheres porque não quero ser “politicamente chato\correto”), chegar na Ilha das Mulheres….
Um lindo passeio de 30 minutos vendo o fundo do incrível Azul Caribe!
Esperamos o desayuno, ele não chegou…
Largada dos 3800, foi a Silmara, algo estava estranho, logo após a passagem pelo trapiche\pier\deck, os nadadores ficavam parados, parecia uma correnteza…
Depois fomos nós, era UMA CORRENTEZA!!!
E forte, não saímos do lugar, eu, não saia do lugar, como um bom “cavalo paraguaio”, larguei bem, olhei pra trás, muitossssssss, como eu nunca tinha visto.
Mas, parei, e eles foram passando, passando, a primeira bóia não chegava nunca…
Bem na esquina, boa, encontro com a Laís, pude ajudá-la a achar a segunda bóia.
Um homem em uma mulher, nadamos junto um tempo, na hora de cruzar a segunda bóia, eles estavam passando por dentro da bóia, não era com intenção de levar vantagem, mesmo porque, disputávamos os “cavalinhos do rebaixamento”…
Falei: – Ei é por ali, eles voltaram e passaram pela bóia corretamente, regra é regra!!!
Encontrei a á Silmara, nadamos juntos durante longos… 5 metros, ela chegando dos 3800 metros…
“Cheguemo”!!! Água, fruta, bebidas coloridas a disposição.
Mas, meu relaxamento não durou muito, um de nossos grandes nadadores, não havia chegado, ele nadou o 1600 metros e nada muito mais que eu!
Conversei com todo a segurança do evento, eles começaram a buscá-lo, por toda a Ilha das Mulheres, ai ai ai…
De longe, vi a braçada, um braço mais alto e outro mais baixo!
O melhor do humor nordestinos trouxe como sempre excelentes respostas:
– A inscrição era cara, decidi nadar o 3800 metros para valorizar a inscrição!
– Me perdi, decidi seguir o fluxo, mesmo que fosse o grupo que fazia o 3800….
Todos a bordo, missão cumprida!
Chega a boa noticia, desayuno servido, ai a confusão, desayuno em espanhol é café da manha, foi servido um baita almoço, só com um detalhe que me fez lembrar do Amaro (nadador paralimpico que todos conhecem…) só poderia se servir uma vez…
Foi massa, Valdinei em primeiro, Teresa em segundo, Assis em segundo, Silma em segundo, Lais em primeiro, eu? Sobrevivi!!!
Dia 12 – 26 de maio(Domingo) – Cancun – 10 km
Pegamos mais um “busão” formula 1, tão rápido, que passou um pouco do ponto, literalmente, mas, como eles param em qualquer lugar, descemos poucos metros depois da Playa Caracol.
Uma grande e surpreendente movimentação de atletas, mais que nas provas de 1600k e 3800m, juntos.
Todos com bóias de segurança, item obrigatório.
Aproveito para sugerir que TODOS OS NADADORES DE AGUAS ABERTAS TENHAM E USEM UMA BOIA.
Incrível como em alguns eventos no Brasil, as bóias são proibidas, certamente gente que não sabe nada de Natação no Mar!!!!
Emerson, viajante novato, que já tem seu lugar no grupo dos viajantes aptos a viajar para o sudeste asiático, viagem que será realizada somente com viajantes aprovados.
Largada, o ultimo a largar foi um nadador com o um cachorro!
Voltamos felizes! Uma bela viagem.
Obrigado aos parceiros que acreditaram e fizeram dessa viagem uma grande e tranqüila aventura:
Valdinei, Assis, Laís, Aglair, Silmara, Teresa, Doris, Emerson.