JANEIRO 2017 – Travessia no Uruguai + Buenos Aires – De motohome (26ª VIAGEM)

TRAVESSIA no URUGUAI + BUENOS AIRES – DE MOTOR HOME (26ª Viagem) 

A viagem começa antes com toda a preparação, toda a expectativa!
Mas essa passou dos “limites”!!!
Até o penúltimo dia a viagem não estava garantida!
Quero agradecer aqueles que estiveram muito perto de embarcar, e por conseqüências da vida de cada um não puderam ir!
Ana Julia, Eliane, Daniela, Thomas, Gabriel e Mateus, vocês foram como um ciclista passista, puxaram o grupo até o fim, para quem viessem atrás conseguir chegar!!!

Dia 17 de janeiro de 2017, terça feira. 
O grupo que veio de São Bento do Sul, chega pra dormir aqui em casa!
Uma peixada catarinense (porque a gaucha é um acidente de carro…), feitas genialmente por uma famosa Chef!
Deixou um gosto de, começou bem!!!!!

Dia 18 de janeiro de 2017,quarta feira.
Partimos para Porto Alegre em dois carros, onde nos encontraríamos com a Teresa e o Assis, companheiros de outras viagens e onde embarcaríamos no motorhome.
Mais um compartilhamento, a Barbara pilotou brilhantemente um macarrão com calabresa!
As 23h chega o “busão”, o apelido é Dino, com os simpáticos condutores, Marcelo e Cassiano.
A meia noite partiu o Dino com rumo ao sul!

Dia 19 de janeiro de 2017, quinta feira

Amanhecemos no Chui, começo ou fim do Brasil.
Os moradores do Chui dizem começo, os do Oiapoque, o fim!
Poder viajar e ter uma cama a disposição é um grande privilegio, deixa todos descansados.
Fizemos a primeira refeição, um café dentro do busao.
A primeira foto obrigatória, o primeiro pedaço de terra do Brasil.
O colega Valdinei, capturou os primeiros peixes de tarrafa e atravessou os 30 metros do Arroio Chuí nadando, até o Uruguai!
O atendimento na fronteira continua igual, fraco, desinteressado e lento.
Logo após a fronteira, a primeira grande atração do Uruguai, a bela Fortaleza Santa Teresa, umas das mais bem preservadas do mundo.

A fortaleza fica no parque Santa Teresa, uma área verde com muitas praias e um dos maiores campings do mundo, administrada pelo exercito. Decidimos ficar a primeira noite.
Montada a cozinha, um bife feito na chapa foi o menu da noite.

 

 

Dia 20 de janeiro – Sexta feira 
Partimos para o exótico Cabo Polônio, um parque preservado onde só se chega caminhado em caminhões antigos, alguns 6×6 sobra de guerra, adaptados para levarem passageiros.
O caminhão atravessa dunas, praia e chega na comunidade sem energia elétrica, a maioria da população é de hipies, as construções são alternativas, o belo farol, uma colônia de leões marinhos barulhentos também habitam o local.

 

 

Uma característica do Cabo Polônio, tem somente uma arvore, isso mesmo uma pequena arvore, retorcida pelo vento.
Um calor forte, sem sombras, acabamos nos abrigando embaixo do posto de salva vidas.

Muitas pequenas lojas com artesanato, e muitos grupos musicais dão

Passamos pela espetacular Punta Del Este, belas casas no mais famoso e “glamoroso” balneário da America do Sul.

o brilho ao Capo Polônio!
No retorno, chegamos cedo na fila, parte do grupo pode ir nas cadeiras que ficam na parte de cima dos caminhões, uma emoção!!
Balança muito durante todo o trajeto nas dunas!!

 

 

Cortamos toda a orla de Punta, como é conhecida e chegamos a Piriapolis, onde ficamos em um belo camping com toda a estrutura necessária.

Dia 21 de janeiro – Sábado – Dia de Travessia.
A praia de Los Titanes ficava a 30km de Piriapolis, logo chegamos e vimos o movimento dos atletas.
Travessia Los Titanes – La Tuna, duas praias vizinhas que davam o nome a a Travessia.
Minha missão, talvez fosse a mais importante de todas as Travessias que já participei, acompanhar a Luciana e a Patrícia na sua primeira experiência em Águas Abertas!
Eram duas provas, 1200 e 2400 metros, nos fomos para a de 1200m.

 

 

Dada a largada, deixamos todos saírem, não tínhamos pressa, e entramos nos 18 graus do Rio de La Plata.
Eu tive que conter a emoção, de um lado uma touca escrito Luke, de outro uma touca escrito Pedrinho.
No caiaque o Pedrinho de carona com o Marcelo!

Fomos nos deslocando, de todas as formas, a Patrícia com seu eficiente nado costas duplo!
A Luciana disse:
– Não sinto os dedos dos pés!
Eu retruquei, só os dedos, esta tranqüilo!
A Luciana disse:
– Não sinto os pés!
Eu retruquei, só os pés, esta tranqüilo!
A Luciana disse:
– Não sinto os joelhos!
Eu disse, ACREDITA!!!
Assim passamos a primeira, segunda bóia!
Na nossa frente uma senhora, eu estimei em uns 114 anos…k
Cada vez que ela parava, eu estimulava as meninas para tentar ultrapassá-la.
Um Jetski com guarda-vidas ficou nos “incomodando”, querendo que nos desistíssemos, eu falei que estávamos bem, estávamos nadando e que não sairíamos! E que ele parasse de incomodar!
Os demais barcos foram muito simpáticos e nos deixaram tranqüilos!
Vimos passar o Valdinei e o Roque, dando a segunda volta.
Roque ficou em quarto e o Valdinei “oureou” pela primeira vez em uma prova fora do pais!
Passamos a terceira bóia, juntamos as forças de cada um, seguimos em frente!
A emocionante chegada, a primeira medalha das duas meninas!!!
A água salgada-doce do Rio de La Plata, misturada com o atlântico, se misturou com as lagrimas de saudade, satisfação e alegria!!
Com a alma lavada nos despedimos da Praia Los Titanes – La Tuna, nçao poderia ter um nome mais adequado, OS TITÃS E O GOLFINHO!!!
O dino partiu destino Montevidéu.
Paramos para fazer uma foto de todo o grupo na palavra Montevideo, em destaque no alto da praia de Positos.

Passamos por toda a rambla, a beira mar.
Praça da independência e a “Ciudad Vieja, nos deu uma idéia da bela Montevidéu.
Nosso pouso dessa vez seria um lugar diferente, a casa do amigo nadador Carlos Larriera, a 25 km da capital.
Era uma comunidade rural, ele preferiu comprar um terreno de três  hectares ao invés de morar em uma quitinete em Montevidéu.
Na chegada, vimos que o ônibus não passava na porteira porque uma arvore ocupava o caminho, Carlos não teve duvida, rapidamente pegou a moto-serra e podou a arvore, a cena foi filmada, parecia um filme!
O Dino estacionou ao lado da cozinha, Carlos nos esperou com uma deliciosa comida vegetariana.
Agora eram dois Pedros, o filho do Carlos também se chama Pedro.

Um carreteiro feito na fogueira, foi o menu da noite, capitaneado pelo Chef Baldy. Curiosidade, o Carlos e o Pedro são vegetarianos, somente o Sol, o belo pastor alemão, comeu o carreteiro!

Agradecemos a inesperada e excelente estadia na casa do Carlos, sairíamos as 5 da manha, para chegar cedo em Colônia.  O motohome é um conforto poder viajar dormindo.

Dia 22 de janeiro – Domingo
Todos ainda dormindo, parte o Dino com destino a Colônia!
As 8h estávamos em Colônia, parte do grupo foi para Buenos Aires com um catamaram para 620 pessoas, que voava sobre as águas do Rio de la Plata uma impressionante velocidade, ele percorre 50 em uma hora e 15 minutos.

Seria espetacular ter um barco desse operando em Santa Catarina, fazer um percurso entre Florianópolis e São Francisco do Sul em três horas, seria um sonho.

Uma caminhada pelos principais pontos da capital Argentina, Feira de San Telmo, Caminito, Plaza de Mayo e Puerto Madero, voltamos a Colônia Del Sacramento a tempo de ver o por do sol.

O Roque descobriu que tinha um camping em Colonia, decidimos por ir lá pra tomar um banho e carregar a energia das baterias.

Um certo aplicativo levou o Dino pra floresta do Harry Potter, o ônibus fez uma trilha, mas, ufa, chegou no camping, nem preciso dizer que a entrada do camping era feita por uma rua asfaltada….

Banho tomado, barriga cheia, Pedrinho Cheiroso, partiu!!!

A idéia era dormir e acordar na beira de uma praia!

Dia 23 janeiro – Segunda

Amanhecemos em San Luis, bem perto do local onde foi a Travessia O Valdinei foi pescar, voltou com vários peixes, papa-terras e  peixes-reis gigantes! Os uruguaios se espantaram com a pescaria, eles só pescam de caniço, acho que não tem tarrafa no Uruguai!!

Foi pescar também, trouxe mais quatro peixe rei, que foram parar em Lajeado, terra do Dino.
Banho de mar de uma ótima água de 19 graus, refrescava um sol forte desde a manha, seguimos para subir a montanha mais alta do Uruguai.

Perto de meio dia chegamos ao Parque Nacional Pan de Azucar, para subir o Cerro do mesmo nome com “incríveis” 389 metros acima do nível do mar.
Subimos na hora errada pelo sol e calor, mas era a única hora que tínhamos pra fazer. Parecia ser fácil, uma subida pequena, mas a realidade se mostrou mais dura!
Os uruguaios são famosos por levarem a garrafa termica pra passear no shopping, mas agora eles passaram de todos os limites!!!
Levaram a garrafa termica para passear na trilha, nãoooooooooooooooooooooooo….kk

Uma trilha no meio das pedras e muito inclinada, se mostrou difícil, mas, todos chegamos ao topo.

Parabéns, VOCES SUBIRAM A MONTANHA MAIS ALTA DE UM PAIS!!!
Nem o Joel Kruguer, nadador, que subiu 6 das maiores montanhas do mundo, nunca subiu o Pan de Azucar…k

Finalizamos todos nossos objetivos, hora de voltar!
Decidimos por voltar pelo Chui, chegamos faltando 10 minutos para fechar a melhor loja, foi bom, gastou-se pouco!

Dia 24 janeiro – Terça
7h, chegamos em Porto Alegre!!!!

Obrigado aos viajantes, parceria total!!!!!
1 – Gopeigão Baldy
2 – Princesa BA
3 – Gormetan
4 – Gormegu
5 – Pedrinho o Principe dos Gopeigões
6 – Princesa Ma LU
7 – Princesa Vó MA
8 – Princesa Loren
9 – Doutor Smith
10 – Princesa Ti PA
11 – Theco-Theco
12 – Mocorisca
13 – Gopeigão capitão

Nomes inspirados nas palavras do Pedrinho.

Até a próxima!

Marcos Pinheiro