DIÁRIO DE BORDO – VIAGEM 52 – A SANTINHA

DIÁRIO DE BORDO – VIAGEM 52 – A SANTINHA
Lisboa – Ilha da Madeira, Cinco Ilhas Açorianas, Porto, Algeciras, Gibraltar, Bolonia, Baelo – Claudia, Sevilha.

 

Uma viagem que começa diferente, muitos papeis, exames, alguma insegurança.
A tripulação foi escolhida a dedo, continha um Genealogista, estudioso das famílias e sobrenomes, três Natacionistas (acabei de inventar essa palavra), e eu!

 

O PRIMEIRO DIA!

Como dizia o saudoso Roque, o primeiro dia de nossas viagens tem 48 horas, dessa vez, foi bem perto disso,
desde acordar em Floripa dia 20 de setembro as 2h da madrugada e chegar na casa na madeira dia 21 de setembro as 2h,
foram 40 horas com o fuso bem confuso…

Os diários de bordo que eu faço, não tem a pretensão de dar dicas de viagem.
Eu gosto de escrever, escrevo primeiro por prazer e emoção.
Se agrada a mais uma, duas, mais pessoas, sim, me deixa feliz.
Dedico estas linhas as cinco pessoas que sempre leem, me comentam sobre o texto.
Muito obrigado, Osni, Eliane e Patrício de Floripa, Bete de Porto Belo e Cris de Balneário Camboriú.

Primeiro dia – Segunda feira dia 20 de setembro  – O embarque.
Todos em São Paulo, cheking da Ibéria, uma moça, disse que não seria valido o exame de um colega,
com 68 horas antes do embarque, ela estava equivocada, estávamos dentro do prazo de 72 horas antes.
Aproveito e deixo uma sugestão, se alguém for embarcar em voo internacional,
faça o exame no aeroporto de Guarulhos na manhã do dia da viagem, caso ela seja a tarde ou a noite.

Deu certo, embarcamos.

 

Segundo dia – Terça feira dia 21 de setembro  – Madri – Lisboa – Madeira
Escala em Madrid, recordei uma dormida no aeroporto de Barajas em lá em 1995, mas isso é outra história….

Não pediram nenhum exame, ficou claro que eles não queriam se preocupar com passageiros que não fariam parada na Espanha.
Por uma “trapalhada” minha, acabei indo na Business Class, de Madrid para Lisboa.
Uma excelente trapalhada!

Na chegada em Lisboa, identificaram nosso cadastro feito antes, como tínhamos o certificado de vacina,
ficou tudo certo, mesmo com nosso colega que tomou a vacina mais discutida…

Um dia em Lisboa sem destino, fomos de Métro (Metrô), para o Largo do Carmo,
uma breve conversa com Fernando Pessoa, sentado em frente ao Café Brasileira.

Em poucos minutos estávamos a bordo do Tuk Tuk do Erasmo, não Carlos e sem Roberto.
O menino estava feliz em deixar sua calorenta Teresina no Piauí, para tukitakear por Lisboa…

Ele levou por belos lugares, muito agradável e divertido.

Nos deixou em um belo parque gastronômico “ao pé” da Estação de “Cumboio” (comboio = trem), Cais do Sodré.
Encontramos o novo amigo André, ele faz viagens por Portugal com grupos, estamos no mesmo ramo…

Fomos enganados na Madeira…

Voo tranquilo, o aeroporto mais ventoso da Europa, estava calmo, mesmo assim um colega se apavorou…
O sistema de apresentação de vacina é muito eficiente, um QR code, resolve tudo.

A Mayra nos enganou, ela estava junto com o sorridente marido João nos esperando no Aeroporto,
mesmo as 1h20 da madruga.

Ficamos em uma casa muito boa, com bela vista do mar funchalino…

Conhecemos a Mayra em 2018, uma brasileira que trouxe alegria para a Madeira e realizou muito feitos natatórios inéditos,
é muito famosa.

Terceiro dia – Quarta 22 de setembro – Madeira
O despertar folgado e tardio, subimos uma das morrebas madeirenses, de teleférico,
um certo medo e contemplação caminhado juntos.


Resolvemos fazer ter uma experiência histórica \ turística,
os carrinhos de vime que eram usados para descer com mercadorias,
hoje são usados para descer com turistas, vale muito a experiência.

Foram os primeiros contatos com o difícil sotaque madeirense.
No ponto de parado do carrinho, conhecemos as simpáticas senhoras, Ricardina e Bete,
nos deram uma pequena aula de Madeira, simpatia e bom humor.
Um de nossos viajantes queria arrumar uma namorada madeirense para o outro, dona Ricardina disse a frase do dia:
– QUEM FALA EM BARCO, QUER EMBARCAR.
No sentido de que era o viajante que falou que tinha o interesse…

Aguardamos o ônibus, Luis muito falante, começou a conversar com  uma senhora,
por uma feliz “organização” do destino, as chances de ela ser sua parente genealógica era grande,
porque morava perto da igreja que foi batizado seu ancestral com o mesmo sobrenome dela a 270 anos atrás …

Nadar no Lido, agua clara e temperatura ideal, nadamos até o Ilhéu do Gorgulho.

Nosso almoço foi no Restaurante Papa Manoel, boa comida ao pé do mar…
(os portugueses usam ao pé, no lugar de perto).

Em casa rolou um jantar, vantagem de ficar em uma casa, a chef Juliana mandou muito bem.
Escolhemos a comida e gastamos menos.

Quarto dia – Quinta 23 de setembro – Madeira

 

Com um carro alugado, caríssimo, porque faltavam carros na Madeira, uma locadora que não vendeu sua frota durante a pandemia, estava surfando na onda do turismo de alto nível, de estrutura e viajantes, a maioria aposentados ingleses escandinavos.
Essa locadora tem 500 carros, em um aluguel mínimo de 100 euros por dia, é só fazer a conta…

Nos perdemos e fomos parar no Terreiro da Luta, um parte bem alta,
um Santuário de Nossa Senhora da Paz, construído após o ataque de um submarino alemão na segunda guerra.
Um grande estatua abraçando a Madeira.

Uma busca pelo Arquivo Histórico da Madeira, interesse do Luis, descobrimos uma padaria \ lanchonete \ restaurante, comemos muito bem, comi o melhor sanduiche de polvo da vida, o Assis o melhor sanduiche de língua do mundo.
A fome ocupou o espaço da cultura…

Passamos por baixo do “puxadinho” feito sobre o mar para o Aeroporto Internacional Cristiano Ronaldo,
pudesse receber aviões maiores.

O espaço foi muito bem aproveitado, criaram uma academia e uma marina.

Nosso destino foi Machico, lugar onde chegaram os primeiros Portugueses na Madeira,
também a origem de nosso amigo Francisco Meneses, o Assis.

Francisco Moniz Meneses, nasceu em 1727.

Um banho natatório em Machico, foi nossa despedida do mar Madeira.
A Ponta de São Lourenço, um espetáculo Madeirense, foi nossa mais extrema visita.

Terminamos nossa passagem madeirada sendo espetados pela alegria da família Mayriana.
Mayara, Naiara, João e Naian, o sorriso é de família…
Sim, uma espetada madeirense em um lugar muito simpático e acolhedor.

Conhecer a aconchegante casa da Mayra foi derradeira visita.
Uma pequena espetacular piscina com correnteza da o charme e transforma a casa em uma extensão do “MAR MAYRA”….

Quinto dia – Sexta 24 de setembro – Madeira – Ponta Delgada

Ainda escuro deixamos nosso carro como combinado no aeroporto.
Emoção de ver o voo para os Açores no mostrador do Aeroporto.


Ainda escuro estreamos voar no Dash 8 Q-400,um avião turbo hélice para 70 passageiros da SATA Air Açores
(Serviço Açoriano de Transportes Aéreos).

Amanhecer do dia, aterragem em São Miguel, a primeira das 9 Ilhas Açorianas, um sonho.
Desde 1987, quando eu, estudante de Educação Física na Universidade Federal de Santa Catarina,
vi uma porta aberta no auditório da Reitoria e entrei, era a Segunda Semana de Estudos Açorianos.
Foram 34 anos, 53 anos, 273 anos depois.
Cheguei aos Açores.

Uma chegada um pouco confusa, nos mandaram para a área de embarque de volta…
Tivemos que fazer exames, em poucos minutos estamos prontos para partir.
Primeira parada Pão do Rei, chegam as primeiras delicias engordativas açorianas.

Uma grande surpresa, cidade organizada, estradas impecáveis.

 

 

As diferenças com a Madeira não tardam a aparecer, muito menos gente, casas, muvuca.
Iniciamos o contorno da Ilha pela região das Sete Cidades.

Uma imagem para colocar em quebra cabeça, beleza pra todos os lados.
Logo percebemos a vocação agrícola e pecuária de gado leiteiro.
A cidade é bela, casas antigas, simples poucas pessoas na rua, muitas vacas…

 

Ponta da Ferraria, Termas da Ferraria, uma sequência impressionante de belezas.
Um tubo de agua quente caindo dentro de uma piscina de agua fria do mar…

Praia dos Mosteiros, duas belas ilhas, quase monumentos em frente,
essa ficou para nadar em 2022.

Na Freguesia de Capelas, chuva e fome, paramos, A Baleia, Casa de Pasto.

Um restaurante com vista para o mar, a comida deliciosa, mas não encheu nem o espaço entre os dentes…
Comemos as famosas Lapas, uma espécie de ostra misturado com marisco, um gosto exótico, bom!

O mais curioso de tudo foi o contato com o incrível sotaque, o mais difícil entre todas as comunidades de língua portuguesa do mundo, de Capelas a Rabo de Peixe, se prepare para não entender nada, mesmo sendo o mesmo idioma.
Diz a história que uma ocupação francesa em uma determinada época fez o sotaque português com biquinho.

Para quem acha que estou exagerando, tente entender esse vídeo sem legenda…
https://www.youtube.com/watch?v=dr6fcJU_cYs

Aqui as explicações.
https://www.youtube.com/watch?v=7BTcK35UI38

Passeio pelo café Pinheiro, não resisti, entrei e conversei com o filho do proprietário, “meu primo”…

Compra no mercado, o destaque são produtos agrícola.

OS QUEIJOS DOS AÇORES SÃO UMA ATRAÇÃO A PARTE.

Cortamos a ilha ao meio, voltamos para Ponta Delgada, a maior cidade dos Açores.
Uma cidade vibrante, uma marina, um porto, piscina, balneário, tudo em um só lugar.

As ruas são estreitas, não tem garagens para os carros, todos os carros tem o retrovisor arranhado ou quebrado,
aconteceu com o nosso, mas as habilidades dos viajantes e uma fita adesiva, resolveram a situação.

 

Sexto dia – Sábado 25 de setembro  – O cozido as furmas e a Santinha

Vila Franca do Campo, a imagem mais famosa de São Miguel, uma pequena ilha em forma de fatia de pizza com um círculo no meio.

Decidimos por deixar para deixar para depois do almoço, descobrimos um artesão chamado José Vitor, solitário pescador que vive e cuida da mão idosa, todos compramos uma lembrança de São Miguel, barcos, baleias, rabo de baleia.
O Zé Vitor, me chamou e me contou baixinho que eu não deveria usar o nome rabo, e sim calda, rabo era de mulher disse ele…

O cozido das furnas, a comida mais famosa dos Açores, tem que ser com reserva.

Uma panela é colocada enterrada na área vulcânica, cozida com o vapor das fumarolas.

O atendimento foi feito por um simpático garçom, perguntei o nome, ele retrucou perguntando o real ou o artístico.
Ele disse, Francisco, Francisco Cabral, ao fim do atendimento, ele baixinho disse…
GINA BALLS, é meu nome artístico…

Sim, ao contrário de alguns comentários, o cozido das furnas é uma delícia, batatas, carnes, linguiças,
morcilhas, espetáculo, pedimos quatro porções, mas comeriam oito.

Um passeio pela bela Freguesia de Furnas, gastar o almoço para ir na Poça da Beija.
Um parque de agua termal com 39 graus, a impressão é que o corpo rejuvenesce assim que entramos embaixo das quedas de agua vulcânica.

A única preocupação é que os vulcões do mundo estavam agitados,
esperávamos que os Açorianos não fossem afetados.

Voltamos para Vila Franca do Campo, para o banho de mar mais esperado.
Um barco faz a travessia de turistas, a viagem dura 10 minutos, o mar estava agitado, dia cinzento.

Conversei com o comandante do barco se era possível fazer nadando os 800 metros que separam a ilha do ilhéu, eles foram resistentes, disseram que teria que ter uma autorização da Câmara (prefeitura) de Vila Franca.
Foi ai que preparamos uma “encenação verdadeira”, nossos melhores nadadores Juliana e Valdinei, nadariam forte bem na frente aos barqueiros, guarda Florestal e os Nadadores Salvadores (Guarda Vidas), preparar o terreno, ou melhor o mar, para 2022.

Um lugar espetacular para nadar, um aquário marinho com muiiiitos peixes, uma piscina redonda.

Fechamos nossa visita a São Miguel com todos os objetivos conquistados, em Vila Franca do Campo, nasce o nome do nosso grupo.

A SANTINHA!

Um de nossos colegas comprou um barco bemmmm grande, levava com todos cuidado como se fosse uma santinha em procissão.

Ahh, ainda tem o cemitério!

Nosso colega Luis além de um grande Genealogista, ele é um estudioso dos temas Açorianos.
Ele admira um Poeta e Filósofo Açoriano, Antero de Quental.
https://www.ebiografia.com/antero_quental/

Ele sabia onde estava enterrado essa ilustre Figura de Ponta Delgada, e gostaria de visitar o tumulo.
Rumamos ao Cemitério Joaquim, um dia nublado e chuvoso, “perfeito” para visitar cemitério.

Um cemitério muito grande, uma missão difícil de ser concretizada, o perguntador Luis,
foi até a capela e perguntou pra umas pessoas o endereço, elas não tinham a mínima ideia de onde era.
Desistimos e voltamos para o carro, poucos metros antes de sair, eu olho para o lado e li o nome ANTERO!

Nosso colega ficou contente com a descoberta, fiquei interessado em ler algo de Antero de Quental.
Outro pensador português disse que Antero de Quental deu dois tiros na morte…

A última paragem, loja Decathlon de Ponta Delgada, agradou a todos.

Sétimo dia – Domingo 26 de setembro (domingo) – Ponta Delgada (São Miguel) – Faial – Pico
Cedinho voltamos para o aeroporto, agora foi a estreia no avião Q 200 Dash 8, capacidade de 37 passageiros,
um curioso número total de poltronas ímpar, eu era exatamente o 37 que ficava no meio do corredor na última fileira.

  

Faial seria a única ilha Açoriana com alguém nos esperando no aeroporto, o novo amigo Dejalme nos esperava com seu carro,
vantagem de ter poucas bagagens, entramos os 5 em um carro pequeno.
O super- simpático Dejalme, literalmente conhece todos os pouco mais de 14 mil Faialenses.
Ele é o Relações Públicas do Faial, esta envolvido com muitas ações, entre elas é líder de um grupo que está pressionando as autoridades para aumentar a pista do aeroporto do Faial.

Nosso primeiro visual no Faial foi Espalamaca, uma montanha com uma estatua de Nossa Senhora da Conceição com vista para a Horta, a principal cidade do Faial.

O Monte da Guia, mais um cartão postal apresentado por Dejalme.

Entre as opções de restaurantes no Faial, Dejalme percebeu nossa necessidade de comida de verdade,
não algo “gurmet”, ele nos levou para o interior da Ilha, longínquos 4 km do centro da Horta e do Mar.

Freguesia dos Flamengos, o nome vem dos imigrantes que vieram dessa região para colonizar Açores por volta de 1430.
Flandes é uma região que fica na Bélgica, ao norte de Bruxelas, de idioma Flamengo, bem próximo ao holandês.

O restaurante da Avózinha, um bufe livre, comida bem feita, muito saborosa, uma grande dica do amigo Dejalme.
Descobrimos o feijão assado, uma iguaria Açoriana.

Barco para a Ilha do Pico, são 7 km, feitos em 30 minutos, o barco Comandante Feijó,
sobrenome do Bernardo filho da Juliana, não era grande, mas impressionava pela altura do casco,
preparado para a tempestades de inverno no arquipélago.

O Pico, chuva frio e vento, uma caminhada por Madalena uma das Freguesias da Ilha,
sobre os olhares atentos do Pico do Pico, se resumiu nossa visita, as emoções ficaram para uma próxima viagem aos Açores.

A ideia de cruzar do Faial para o Pico, veio conosco desde a formulação da viagem,
afinal seria um sonho atravessar de uma Ilha Oceânica para outra, mais especial ainda, de onde vieram nossos ancestrais.
O amigo Dejalme convidou o Jorge Fontes, ele é Biólogo e um dos maiores conhecedores do mar açoriano.
Um grande aprendizado.


Posteriormente descobrimos que o Jorge inventou um mecanismo para descobrir as rotas das arraias jamantas.
https://www.youtube.com/watch?v=4HIsQFov0nE&t=2180s

A noite um vento forte deixou claro que a Travessia ficaria para a próxima visita.

Oitavo Dia – Segunda 27 de setembro – Remando na História.

Um café da manhã no Porto Pim.

Uma caminhada pelo centro da Horta, viver um pouco do dia a dia Faialense.

UMA EXPERIENCIA ANCESTRAL.

O ano era 1747 – Partidas dos Açorianos para o Porto de nossa Senhora das Necessidades de Santo Antônio,
Ilha de Santa Catarina, Desterro, Santa Catarina Brasil.

Dia 27 de setembro de 2021.
Um caminhada pela manhã pelo porto da Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal.
Uma busca por respostas e destinos, a resposta foi chuva e vento, o destino, deixar a vida me levar.

Aparece o Edgar, pai do Antero, mesmo nome de Antero de Quental poeta Açoriano.
Nos levou para encher a pança na casa da Avózinha.
A volta a ilha com sua carrinha, para desfrutar das belas paisagens faialenses,
com direito a um vulcão a fumar e os Capelinhos já fumado.

Um dos meus ancestrais, meu Heptavô, José Pereira Duarte, nascido em
31 de dezembro de 1713, casado com Rosa Maria nascida em 1717,
originário da na Freguesia Santa Catarina, Castelo Branco, Faial, que seria nossa última parada antes da volta pra Horta.
Esse ramo familiar que chega em minha Bisavó, Isolina Maria da Conceição casada com Manoel Severino de Oliveira.
Pedi ao Edgar nosso guia condutor, que desse uma breve parada na frente da Igreja.
Parei para fotografar a igreja, justo na casa em frente aparece na janela uma simpática senhora, eu comentei que tenho ancestrais em Castelo Branco, com o sobrenome Duarte.
Ela disse:
-Por acaso também sou Duarte, Maria Duarte Capaz.
Ela disse que tem um sobrinho com o mesmo nome de meu ancestral.
Muito provável que dona Maria seja minha parente.
Muito emocionante, a primeira experiência de descoberta de um possível parente tão distante.
Vamos investigar o parentesco.
Emoção e alegria alagaram a rua principal da Freguesia de Castelo Branco.

 

Chegamos a Horta, fim do passeio, uma última passada no porto, de longe vi uma equipe remando uma baleeira,
corri para fotografar, no cais mais uma equipe se preparava para sair, era Mestre Paulo e as miúdas.

Me identifiquei como descendente de Açorianos, com forte ligação com embarcações.
De longe escuto uma das miúdas falando para o Paulo.
-Pergunte se ele quer ir conosco.
Foi a segunda emoção do dia.
Descemos a baleeira, em um primeiro momento, estar no barco era mais que alegria.
Foi deslocado para o remo, arrepiou!!!

Muitas vezes naveguei com as grandes canoas do meu Avô Damião na Barra da Lagoa.
Criei um festival de embarcações a remo na cidade de Bombinhas em Santa Catarina,
nunca tinha remado essas grandes embarcações,
quis o destino que minha primeira remada seria nos Açores.
O choro vinha, mas eu não podia decepcionar Mestre Paulo e as miúdas (meninas).
Agradeci a tripulação da Baleeira Nossa Senhora da Conceição por essa experiência que demorou 273 anos para acontecer.

Ganhamos um presente do José Henrique Azevedo.

A noite aniversario do meu Irmão de Viagem e de Coração, Assis, mestre Jolenio,
justo no Peter Café Sport, o mais icônico café do mundo,
parada obrigatória de navegadores de todo o mundo.
Assis é o maior protetor do mar que eu conheço.

Dia 27 de setembro, dia de São Cosme e Damião, aniversário do meu saudoso Avô Damião,
que me ensinou o caminho do mar.

Conhecemos o recém eleito Presidente da Câmara de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral.

SÃO 273 ANOS DE LAGRIMAS E AGUA SALGADA…

Nono Dia – Terça 28 de setembro – O TOPO DOS OLIVEIRA

Como tartarugas com nossos cascos mochilas, tivemos que percorrer a pé o longo percurso entre nossa hospedagem e o porto,
chegamos faltando 2 minutos antes da partida….

O TOPO DOS OLIVEIRA

Chego mareado no Porto de São Jorge, uma viagem de apenas duas horas,
a herança do não mareio, eu não tenho na veia…

Uma pisada de alivio e emoção no Porto onde o Casal João Teixeira da Cunha e Maria da Conceição,
cheios de coragem embarcaram por um mundo novo, desconhecido, distante.
Sim, o sobrenome Oliveira da Lagoa da Conceição, vem da coragem da mulher.
Ele da Freguesia de Santa Catarina da Calheta, ela que trouxe o nome Oliveira do Pai, Manoel Oliveira, da Vila Nova do Topo.

O Topo foi nosso primeiro topo, a uma hora de Velas a maior Freguesia de São Jorge.


Vista de Velas.

Um encontro marcado com o Mauricio, Radialista Topense, Radio Ilhéu.

Nosso primeiro destino foi o cais, a primeira descoberta é que os Oliveira eram baleeiros.
Na Lagoa da Conceição, viraram pescadores como meu Bisavô Manoel Severino de Oliveira,
Mestre admirado por todos.
Deixam de ser baleias o sustento, na Lagoa da Conceição, caranhas, carapevas e tainhas…

Logo entrei na agua, a cor é azul claro profundo, temperatura de 22.3 graus.
As tainhas, companheiras de toda uma existência, nos Açores e em Florianópolis,
estavam ali embaixo rodeando o cais, me deram o ar, o mar de casa.

As ondas chegam com força no cais recém construído da Vila do Topo,
fico imaginando como era antes desse cais.
Uma baleeira se destaca entre os poucos barcos, agora usada para regatas entre Freguesias.

Uma pequena porta aberta abriga a única loja de artesanato do Topo, um pequeno quadro com uma baleeira,
pintado por uma Enfermeira e pintora nas horas vagas, Marisa Brasil,
e uma jogo de toalhas de crochê (eu acho) com as cores verde e amarelo,
são as lembranças que vou levar pra casa, “made in Topo”.

No restaurante O Caseiro, único aberto dos únicos dois restaurantes da Freguesia que tem 410 habitantes,
sim a imigração para a América, antes do Sul, agora do norte, e as poucas oportunidades fazem o Topo ficar “mais pequeno”…

Fui apresentado ao Jorge Oliveira, um simpático Jorgense, Topense,
ficou feliz em saber que poderíamos ser parentes,
ele disse que sua esposa também é Oliveira, as chances dobram.

Uma comida deliciosa, nos surpreendeu, até o arroz doce e o bife de fígado acebolado, estava maravilhoso.

Descemos até o mirante com vista para o Ilhéu do Topo, uma pequena ilha privada, próximo a comunidade,
onde são criadas vacas e ovelhas, as ovelhas saem de barco, as vacas saem nadando até o cais, sim no Topo as vacas são nadadoras.
O belo farol estava em manutenção, ainda iluminava o mar atlântico e, as vacas…

A entrevista já começa com emoção, lembrar de como foi a decisão dos imigrantes aceitar tamanho desafio.
https://youtu.be/CGISNUrOu4U

Deixei minha havaiana no porto do Topo, alguém por lá continuará minha caminhada.
Ralei o dedo em uma pedra, deixei meu sangue.
Suor e lagrimas, também ficaram por lá.
Trouxe uma pedra, rolada pelo tempo, pelo mar e pela saudade de quem partiu.

Quando eu estava sozinho no cais, escutando o mar, me dei conta que a comunidade não é a mesma que foi deixara em 1747,
a única lembrança que pude compartilhar com meus antepassados era…

O SOM DO MAR!!!

Voltamos serpenteando as ruas e vielas Jorgenses.

Dona Ângela nos acolheu na Hospedaria Austrália, em homenagem ao país que acolheu seu marido quando imigrou.

Conversamos sobre os sobrenomes, ela disse que o seu de pai era Barcelos, e me contou uma história bela a triste.
Falei que tinha um primo com sobrenome Barcelos.

Para São Jorge eu tenho a obrigação de voltar….

Decimo dia – Quarta 29 de setembro –  Quarta feira, a Ilha Terceira a quinta Ilha visitada.

Carta aos Barcelos

Dona Ângela me surpreendeu com uma carta escrita a mão para entregar ao meu primo Barcelos,
no fundo a esperança de ter notícias do seu bisavô que foi para o Brasil e nunca mais voltou.
Chuva de agua salgada em São Jorge…

Nossa ultima parada foi o Parque das Sete Fontes.

Um voo de ligeiros 20 minutos estávamos em Terras Terceirenses.
O Aerogare das Lages, impressiona pelo tamanho da pista,
uma das maiores do mundo.
O aeroporto divide a pista com uma base “estadunidense”.

Alugamos um carro com a simpática Raquel,
o assunto genealogia voltou a tona com o nome de Jorge Forjaz que desvendou a origem da família dela, Braz.

Nossa hospedagem era uma casa, que dividíamos com outros viajantes, um Angolano e rapaz de São Tomé e Príncipe.
Ana Paula, que nasceu em Angola, filha de portugueses retornados, saíram correndo em função da guerra, morou em Floripa 20 anos, foi nossa grande companhia, muitas conversas.
Estava na Terceira por tratamento de saúde do pequeno e sorridente guerreiro, o GRANDE GUSTAVO!

Os primeiras delicias terceirenses apareceram no restaurante A Canadinha.
Um grande monumento aos “Toiros Bravos”, bem na entrada de Angra, anuncia a principal atração,
tourada a corda.

Os primeiros passeios já vimos que a Terceira é tão bela quanto as demais ilhas,
destaque para os coretos e os Impérios do Divino.

No Porto Judeu, o mais belo coreto dos Açores.

No mercado pedimos abacaxi, eles disseram que só tinha ananás.
Quer tirar um açoriano do sério é dizer que ananás e abacaxi são a mesma coisa

Nosso primeiro destino foi a Praia da Vitória, de onde vieram os Jaques, da minha querida Vó Rita.
Uma das maiores praias do Açores, uma bela cidade.

Um banho de mar, agua fria, quase desisti, entrei na água, nadei em homenagem aos Jaques.

Decimo primeiro dia – Quinta 30 de setembro  –  BELO ABISMO.

De Angra do Heroísmo subindo e serpenteando, cortando a meio a arredondada verde esfumaçada Terceira,
bem no topo, uma brevê parada em uma pequena fazenda, criadores de gado brabo, para touradas.

Deixei os colegas na Zona Balnear dos Biscoitos, e foi até Agualva.
Vizinha esta a Freguesia de Santa Beatriz das Quatro Ribeiras, lá encontrei a igreja que eu mais gostei em todos os Açores.

Parece uma imensa igreja em formato miniatura.
Ela é praticamente a mesma desde sua construção em 1460, tenho ancestrais nascidos nesta igreja.

 

Agualva terra de gigantes, Pinheiro.

Descendo até o mar, quando mais vai chegando perto de Agualva, mais acelera a seiva do Pinheiro…

Uma paisagem de encher os olhos, a lava adormecida e petrificada em gigantes paredões, paralisados ao encontrar o mar.

Pouco antes de chegar um lugar chamado Alagoa…

Primeira descoberta, Agualva não é a beira mar, é uma subindo uma “presa” (ladeira).
As primeira pessoas que encontrei, pai e filho, cabelos e olhos claros, como meu Avô Juca.
Perguntei se alguém na vila tinha o apelido (sobrenome) Pinheiro, eles disseram que não havia ninguém com esse sobrenome.

Foi na Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, onde certamente foram batizados, Francisco e Rosa Maria.
A fechadura da porta deve ter presenciado os passos de nossos antepassados…

Sem ninguém na rua, decidi entrar em um bar próximo, pedir o menor café possível,
60 centavos de euros, horroroso…
Comentei com seu José, que não era natural desta freguesia que eu estava visitando a terra de meus ancestrais,
mostro no celular o nome Francisco Martins Galego, nascido em 19 de dezembro de 1715, ele disse:
– Por acaso também nasci dia 19 de dezembro.
– Isto é mesmo incrível o pah!
Disse ele, sorrindo e espantado.

Entram no bar dois homens, altos, seu Zé passou a história a frente,
eles disseram que uma família da Vila tinha o sobrenome Pinheiro Brasil.
Subi até o a última casa da comunidade, descobri a casa dos Pinheiro Brasil.
Uma vila agrícola, meu Avô Juca, agricultor, vem de uma vila de agricultores.
Um terreno empedrado foi esverdeado com a recolha das rochas que se transformaram em muros.

Feliz com as descobertas desço um pouco mais, um senhor sentado em uma fonte,
paro o carro para conversar, seu Moises Barbosa, de 83 anos, completados recentemente dia 26 de setembro,
disse que a casa ao lado era onde tinha nascido, que a casa deveria ter mais de 150 anos.
Ele ficou feliz com minha busca por história. Entrei no carro e voltei, ele pediu para parar e pediu uma boleia (carona),
até a casa de seu irmão que tinha 85 anos, porque as pernas já estavam pesadas com a idade…
O nome dele era Moises, mas poderia ser José, João, Laurindo, Francisco…

Sim, os Martins, Galego, Anjos, Pinheiro mesmo sendo da terra, se atiraram mar a dentro em busca de novas terras.

Obrigado a todos os Pinheiro e as Pinheiro que forjaram esse sobrenome,
carregando através do atlântico até chegar na Ilha de Santa Catarina.

Um espetacular banho de mar ondado, espumado, no meio da lava petrificada dos Biscoitos(freguesia),
lavou e enxaguou a alma Pinheiro.

 

 

Na volta os colegas de viagem tinham encontrado o belo abismo.
Um lugar incrível, onde a maré entra com força e forma o que parecer ser uma maquina de lavar.
Foi o mais espetacular banho de mar que já tomei.

Umas barraquinhas de artesanato, doces e frutas enfeitam a zona.
Conversei com dona Lucia Martins Cordeiro e com a famosa Ângela.
O que mais me surpreendeu foi a fruta araçá a venda, fiquei na duvida se ela foi dos Açores para Floripa ou
fez o caminho inverso, veio nos navios de volta, vou pesquisar.
O mais provável é que tenho ido de cá pra lá….

Para finalizar o dia na terra dos gigantes de altura e coragem, visitei o gigante de 1,90,
Jorge Forjaz, o maior Genealogista de Portugal, ele é maior que Cristiano Ronaldo.
Ele tem 1.90m, o miúdo da Ilha da Madeira tem 1,87m.
Ele nos ajudou a desvendar essa busca da Saudade Genealógica por terras além mar.
A brincadeira com a altura é feita também pelo próprio Jorge, que já esteve em Floripa.
A bela casa que parecia um museu, com tantas relíquias e obras de arte.
Jorge Forjaz nos deu uma aula sobre Açores e Genealogia.
Entre as muitas historias eu gostei mais de duas.
A de um famoso personagem que andava pelas ruas de Angra, o Greta, mas essa eu só posso contar pessoalmente,
porque envolve um gestual.

A outra é de Brianda Pereira, teria contido uma invasão espanhola colocando fogo no rabo dos burros,
estes assustados desceram correndo uma ladeira e assustaram os espanhóis, que fugiram.

Decimo segundo dia – Sexta 1 de outubro – Terceira

Descemos as ladeiras Angrenses, cheias de historias até a praia.
Nos encontramos com Forjaz e Ana Barbara, ela nada todos os dias, mas tinha atravessado a Baia de Angra.
Ana Barbara ficou feliz com a atravessada comandada por nosso mestre Assis.

Ele disse que tínhamos que ir na Silveira, ficamos curiosos, o que será que tem lá na Silveira….

Por sugestão do amigo Jorge, salve Jorge, seguimos até a Freguesia de Serreta para comer a famosa Alcatra Terceirense.
Uma curiosidade sobre a palavra serreta, fiquem tranquilos se não entenderem quando for pronunciado por um Açoriano,
a pronuncia fica muiiiiiito diferente da nossa. O som para nossos ouvidos parece como:
– ” srret”.

O restante pequeno mas muito bonito, bem decorado e o melhor atendimento que eu já tive em um restaurante no mundo.
O nome é Ti Choa.
A forma de servir também é interessante, podemos provar todas as comidas.
Mas a estrela da companhia não empolgou, uma carne que fica cozinhando por 7 horas,
alcatra não é a carne e sim o prato.


Quem roubou a cena foi o doce de vinagre, ESSE SIM UMA IGUARIA AÇORIANA.

Algar do Carvão, nome diferente para uma caverna, uma pequena decepção…

O fim de tarde foi na Silveira.
Uma parte era uma escadaria que chegada até o mar, a praia que não era praia, pedras.
Mas o point da Silveira é uma grandeeee plataforma de concreto,
a mais famosa praia da Terceira era um quadrado de concreto.
Mas, tem seus encantos. A “beautiful people” local frequentava o quadrado.

 

Decimo terceiro dia – Sábado 2 de outubro – Terceira – Porto


FIM DA VIAGEM!
Nos despedimos do colega Luis que decidiu por ficar mais um dia na Terceira.
Sou muito agradecido ao colega Luis, ele me ajudou a identificar que grupos de interesses diferentes não podem ir na mesma viagem.
Sim fizemos tudo juntos e o Luis atingiu seus objetivos, mas o povo “dazagua” é muito estranho,
não pode ser uma poça d’agua que quer se jogar…
Luis também nos deu aula sobre Açores, ele sabe muito mais que a grande maioria dos Açorianos.

 

Aqui começa uma viagem entre amigos viajantes.

Monte do Cume (vou resistir e não fazer aquela piada…), conhecida como a mais bela vista dos Açores.

Ainda deu tempo de descobrir a ultima zona balnear, Escaleiras, anotada para a próxima vinda.

Uma ultima parada para encher o tanque do carro, o senhor do posto me perguntou:
– Voce conseguiu encontrar seus parentes no Topo?
Eu estranhei, como voce sabe disso, perguntei pra ele.
– Sou de São Jorge!
Mas isso não indicava muito.
Moço diz logo, fiquei curioso.
– Eu faço parte do grupo, reconheci pela “camisola”!
Ahhhh! Capitei!
Radio Ilhéu, é a referencia de todos os Jorgenses mundo afora.
Camisola é camiseta o pah!

Descolamos da Terceira.

Escalamos em Lisboa, chegamos no Porto.
O dono do apartamento, além de ser muiiito simpático, nos deixou um vinho do porto.

Decimo quarto dia – Domingo 3 de outubro – Porto
Caminhada sem pressa pelo Porto, baixa e alta.
Cada visita ao porto, 1995, 1998, 2018 e agora 2021, vi vários portos e muita evolução.

O mais emocionante foi encontrar com a amiga Kamila e sua bela família, Leonardo, Dante e …

Não abrimos a garrafa de vinho do porto…

Decimo quinto dia – Segunda 4 de outubro – Porto – Sevilha – Algeciras – Gibraltar
Voamos pela primeira vez com a aérea Ryanair, cuidado com as pegadinhas.
Em Sevilha fizemos um novo teste, chamaram somente eu e o Assis,
eu sugeri que Valdinei e Juliana também fizessem.

Alugamos um carro e seguimos direto para Algeciras, nossa base para chegar até Gibraltar.
Por tudo que esta acontecendo no mundo, eu cheguei a achar que não nos deixariam entrar em Gibraltar.
A recepcionista do hotel disse que as regras eram as mesmas da Espanha, nos deu esperança.

Gibraltar é um território ultramarino britânico localizado no extremo sul da Península Ibérica.
Corresponde a uma pequena península, com uma estreita fronteira terrestre de 1200 metros com a Espanha,
é a mais curta fronteira internacional terrestre do mundo.

O nome Gibraltar origina-se na expressão árabe jabal al-Tariq, que significa “montanha de Tárique”.

Chegamos na fronteira o guarda espanhol perguntou quanto tempo ficaríamos, eu disse, umas 4 horas.
Ele reforçou a pergunta:
-Isso mesmo? Disse ele.
Confirmei que sim, ele então não carimbou o passaporte de saída da Espanha.
Ufaaaa, entramos em Gibraltar, país de numero 63 para um dos viajantes e 84 para outro.

O pouco espaço de terra é bem aproveitado, um centro histórico, pequeno e bonito.
Compras no mercado e um banho de mar, coroaram nossa …
Travessia do estreito Gibraltar.

 

Uma janta exótica e deliciosa no restaurante Maison Las Duelas, finalizou nosso dia intenso de três países.

Decimo sexto dia – Terça 5 de outubro – Algeciras – Bolonia – Baelo – Claudia – Sevilha.

Algumas vezes as conexões em nossas vidas vem de longe.
Em 1995 eu conheci na Grécia o amigo Alex, espanhol das Ilhas Canarias.
Muitos anos depois eu conheci os amigos Manoel e Janine através dele.
Manoel me falou do lugar que ele mais gosta no mundo, a praia de Bolônia, próximo a Cadiz na Espanha.
Como estava em nossa rota, seguimos na direção.
Uma parada em Tarifa, conhecida pela divisão entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico,
por mais que eu não concorde com essa linha divisória.

Bolônia, uma belíssima praia com dunas aguas transparentes.
Um surpreendente sitio arqueológico e um museu da cidade romana de Baelo Claudia,
também fazem parte do conjunto que vale a visita.

Os romanos tinham uma salga de peixe e termas de agua salgada.
Ficou a duvida e o sentimento, será que os viajantes já andaram por lá em “outros tempos”?
O sentimento foi o melhor possível!
Um dia de calor, a agua geladaaaaa.

Uma breve passada por Cadiz e a ultima ceia em Sevilha.

Decimo sétimo dia – Quarta 6 de outubro – Sevilha o retorno.

Um cartaz anunciava uma tourada em breve.
Um casamento desfilando pela praça principal com musica.
Ultimo ato, fim!

MUITO OBRIGADO AOS VIAJANTES QUE TORNARAM ESSA VIAGEM INESQUECIVEL!

ESCREVO EM HOMENAGEM A CORAGEM DE NOSSOS ANCESTRAIS QUE CRUARAM O MUNDO 
E O MEDO PARA NOS PROPORCIONAR A VIDA!!!!