Eu tinha uma grande expectativa e curiosidade com essa viagem, estive a ultima vez em Portugal em 1998,
vi cidades sujas, decadentes, as população com sérios problemas odontológicos, estradas em evolução.
Como estaria Portugal, 20 anos depois?
Dia 1 – 19 de outubro (sexta) – Viagem para o São Paulo
Encontro em São Paulo, velhos e novos amigos se encontram.
Nosso primeiro voo com a Royal Air Maroc, a companhia Marroquina que cresceu muito nos últimos anos, por estar em uma posição estratégica geograficamente, a posição facilita a ida para Europa, norte da África, Oriente Médio e Ásia.
Um atraso de 40 minutos, não incomodou um tranqüilo vôo de 9 horas com o novinho 787, um dos aviões mais modernos da atualidade.
O espaço entre poltronas era bom, entretenimento sem opções em Português.
Os comissários tem muito a aprender, se revezavam os brutos, os arrogantes e os atrapalhados,
mas tudo isso é muito novo para os mouros, o contato com outros povos vai ser bom para eles aprenderem, comida boa.
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Dia 2 – 20 de outubro (sábado) – Casablanca – Porto
Chegamos as 12h10, hora local, no aeroporto de Casablanca, que parece um grande estacionamento de aviões,
já que o aeroporto não tem finger (passarelas da porta do avião ate o aeroporto).
Logo na entrada do aeroporto , alguns passageiros foram separados e revistados pela policia, nos como estamos de uniforme,
nunca somos parados.
Apertamos o passo, pra chegar a tempo no voo para o porto, chegamos já com uma fila.
Avião 767 200, vazio, os tripulantes melhores e comida excelente. As 15h10 estávamos no Porto.
Pegamos dois táxis, tivemos problemas, esse tipo de ação, possibilitou outras formas de transporte individual,
como os aplicativos.
Chegamos em nossa primeira casa, um excelente apartamento a 3 km do centro.
Saímos do apartamento, com a ideia de caminhar ate o porto, perguntamos a um senhor, que estava sentado próximo,
onde era o metrô, pra nós, métro pra eles, ele nos acompanhou caminhado, quase até no centro.
Eu já percebi uma grande diferença, ruas limpas, tudo organizado, as pessoas mais alegres e,
visivelmente com dentes melhor, a odontologia tinha evoluído muito em 20 anos.
A medida em que chegávamos no centro, ruas cheias de turistas, de todas as partes do mundo, a maioria franceses,
como se o próprio europeu não conhecesse Portugal.
A Baixa, área próximo ao Rio Tejo, lotada de turistas, uma cidade vibrante.
Encontramos nossos Sonia, Carlos e Murilo, que passaram alguns dias antes na França, chegaram no Porto um dia antes de nos.
Nossa meta do primeiro dia era, talvez a resposta de uma pergunta que todos fazem para quem vai no Porto.
– Comeu uma francesinha?
Fomos em busca da tal francesinha, ela é bem cara próxima ao rio, 14 euros, a medida que vamos nos afastando,
o preço vai baixando.
Chegamos no Largo São Domingos, e encontramos…
COMEMOS A FRANCESINHA, ao som de saxofone…
O preço, razoável para Europa, 8 euros.
Na verdade, nada demais, o prato se resume em uma espécie de lasanha, feita com pão de forma,
com carne, lingüiça, coberto com uma grossa camada de queijo, regado com um molho apimentado.
Voltamos com aplicativo, motoristas simpáticos, tranqüilo e barato.
Dia 3 – 21 de outubro (domingo) Porto
Uma ótima opção para quem tem pouco tempo é o ônibus que circula por toda cidade com um fone com explicações em
vários idiomas, pela primeira vez eu vi em português de Portugal e do Brasil.
Nossa primeira parada foi Matozinhos, na região metropolitana do porto.
Logo na descida do ônibus, caminhando para o mar, passamos pela obra construída em 2005, “Tragédia do Mar”, uma escultura homenagem ao naufrágio de 1947 com cerca de três metros de altura, composto por cinco figuras de órfãos e viúvas cujas faces transparecem a tragédia ocorrida em 1947.
Foi esculpido por José João Brito que se baseou na tela do mesmo nome criada pelo Mestre Augusto Gomes.
No dia 1 de dezembro de 1947, as traineiras começaram a chegar ao porto de Leixões com escasso peixe nos porões.
A meio da manhã, entrou uma traineira carregada de sardinha e os outros mestres, perspectivando uma boa pescaria, chamaram os seus tripulantes e começaram a carregar os barcos para outra saída.
Durante essa tarde, apesar de previsões de temporal, foram ao mar 103 traineiras que rumaram em direção à Figueira da Foz.
Nessa época, a possibilidade da fome, encorajava, levando a que estes ousados lobos do mar enfrentassem sempre as ondas sem medo, saindo da barra muitas vezes para não voltarem.
Passadas algumas horas, o tempo mudou radicalmente, vendo-se as traineiras envolvidas num imenso temporal, ondas gigantes de até 10 metros, enquanto o vento rodava para Noroeste e o ar arrefecia drasticamente. Algumas traineiras resolvem regressar para Leixões, mas a grande maioria decide continuar.
Ao anoitecer, a noite ficou negra e sem lua enquanto as nuvens carregadas tapavam completamente o céu e os ventos, viraram um ciclone.
Nessa altura, começaram a fugir ao temporal, traineiras com maquinas no máximo, procurando desesperadamente um porto de abrigo, enquanto que o mar
enchia os porões de água.
Noite adentro, em terra, corriam murmúrios de que algo corria mal e as pessoas corriam desesperadas em direção ao areal da praia nova, em Matosinhos.
Na cabeça do molhe sul do porto de Leixões, as mulheres e os filhos dos marinheiros apinhavam-se ao vislumbrar as luzes de navegação das traineiras que se aproximavam desesperadamente do porto. Assim que as primeiras traineiras aportaram, relataram as más noticias, tinham sido avistadas, entre a Aguda e o Senhor da Pedra, quatro traineiras a navegar em situação aflitiva muito perto da costa, e que, apesar de alguns mestres terem tentado avisá-los e orientá-los para o bom caminho, com as sirenes, sinais e até gritos, nada conseguiram fazer, pois a violência do temporal era tanta que os impediu de conseguirem os seus objetivos.
Finalmente chegou a noticia da trágica realidade, nessa negra e sinistra madrugada de 2 de dezembro de 1947 naufragaram entre a Aguda e Leixões as traineiras “D. Manuel”, “Rosa Faustino”, “Maria Miguel” e “S. Salvador”, tendo perecido um total de 152 marinheiros entre os que se encontravam nas traineiras naufragadas e os que caíram ao mar, deixando 71 viúvas e mais de 100 órfãos.
Texto adaptado de Wikipédia por Marcos Pinheiro.
Sim, a expressão de mulheres e crianças no impressionou.
A longa extensão de areia , o frescor e a tranqüilidade da água atlântica d’além mar, contrastava e aliviava o sentimento de sentir essa tragédia tão sentida….
Molhar o pé, é o mínimo que alguém ligado a água exige, na saída da praia alem do chuveiro, ou duche, para os portugueses, uma duchinha para tirar a areia do pé.
Comer peixe em Matozinhos, foi o ultimo ato.
Voltamos ao ônibus amarelo, quando passávamos no centro do Porto, uma manifestação da Tuna Acadêmica da Universidade do Porto, nos fez desembarcar.
Uma Tuna é um agrupamento musical, uma espécie de confraria dos estudantes, ele usam belas roupas pretas,
cobrem-se com um manto cravejado com emblemas dos locais representativos da vida deles, como cidade de origem, cidade dos pais, ou lugares que já visitaram.
A origem vem do século 19.
Aqui deixo meu lamento, por essa tradição não ter chegado ao Brasil, nossa imigração do sul do Brasil é anterior a origem das Tunas.
Enquanto estudantes portugueses se reúnem para confraternizar, aprender a tocar instrumentos, fazer espetáculos mundo afora,
os estudantes brasileiros, alguns nem merecem ser chamados assim, se reúnem para pichar a própria instituição de ensino, beber,
se encher de drogas!
Seguir causas, sem ter estudado afundo o tema, gritar esse ou aquele grito de “desordem”.
Esse claro é um dos motivos que Portugal esta muito na nossa frente em matéria de educação.
Voltamos com um dia cheio de historias e aprendizados.
Dia 4 – 22 de outubro (segunda) Porto – Santiago de Compostela (Espanha)
Nosso destino era o território espanhol da Galícia.
Relembrei a rota feita no ano de 1998, de Kombi, com o amigo Roberto depois de passamos pela Copa da Franca e Inglaterra.
Passando por Vigo, já Espanha, podemos ver a impressionante quantidade de fazendas de criação de peixes.
O futuro da humanidade passa por criação de peixes.
A Europa recebe muitos imigrantes africanos, deveria se dedicar a ajudar os países pobres com a Gambia e o Senegal na criação de peixes, eles tem água, terra e força de trabalho, só falta tecnologia e um empurrão dos países desenvolvidos.
Nosso destino primeiro era o Monte do Gozo, claro, brincadeiras foram inevitáveis, nesse caso, o nome se refere a nada mais que o lugar onde os peregrinos do Caminho de Santiago de Compostela, viam pela primeira vez a torres da catedral.
Alguns, após mês ou meses de caminhada, despejavam o sentimento de alegria, o gozo da chegada próxima.
Na Idade Média havia no monte uma capela, mandada construir por Diego Gelmires em 1105, onde os peregrinos se ajoelhavam em sinal de agradecimento por terem chegado até lá.
A partir desse ponto muitos dos peregrinos a cavalo faziam o resto do caminho a pé (como Afonso XI.
Em 1989 fizeram-se grandes obras no monte para poder acolher ali a visita do Papa João Paulo II, motivada pela Jornada Mundial da Juventude.
Atualmente o Monte do Gozo possui enormes instalações para acolher peregrinos, como um albergue com capacidade para centenas de pessoas, restaurante, cafeteira, lavanderia, loja, campo de futebol e um grande auditório descoberto, onde tocaram bandas como The Rolling Stones, Bruce Springsteen, Red Hot Chili Peppers,
outros gozos…
Por falha minha, o outro carro da expedição foi primeiro para a catedral, o encontro não foi no monte do gozo, nem na catedral.
Descemos do monte do gozo, fomos até o centro da bela cidade de Santiago, chamava atenção, placas na rua dizendo para os turistas falarem baixo na rua…
Caminhamos e “arrudiamos” a catedral.
Entramos, impressiona pelos detalhes.
Ao fazer o roteiro dessa viagem, eu não tinha me dado conta do que representava os pontos onde passaríamos,
caiu a fixa quando cheguei em Santiago.
Essa é a terceira vez que venho em Santiago, 1995, 1998, nas duas anteriores eu “recebi” o recado, agora outra vez, valeu Santiago!!
Nosso ponto mais ao norte, Santiago representava a resistência a invasão moura (norte africanos) que andaram por aqui por 800 anos aproximadamente.
O final de nossa viagem seria no Marrocos, mouro!!!
Santiago de Compostela
“A devoção a Santiago de Compostela, foi impulsionada na Espanha medieval, durante a invasão moura.
Por volta do ano 813, um eremita de nome Pelayo acompanhado por alguns pastores, deparou-se com uma estranha luminosidade.
Ela se espalhava sobre um pequeno bosque nas proximidades de um morro do interior da Galícia chamado Libredón.
A paisagem, em certos momentos, ficava tão clara que parecia um campo estrelado (Campus Stellae = Compostela).
Teodomiro, o bispo local, informado do estranho fenômeno, soube que a luz focara no chão, em uma antiga arca de mármore.
Ela conteria os restos humanos atribuídos ao Apostolo Santiago.
Uma história antiga que corria de boca em boca entre os cristãos ibéricos dizia que o Apóstolo andara, séculos antes, em missão pela Espanha determinado a evangelizá-la.
Mas tendo voltado à Palestina foi decapitado pelo rei Herodes Agripa, no ano 44.
O corpo dele acomodado num sepulcro de mármore, que foi subido a bordo de um barco no porto de Jaffa e lançado ao mar.
Sem tripulação, sem leme nem nada, movida apenas pelo vento, a nau teria aportado nas costas da Galícia,
região da Espanha que os romanos chamavam então de “Finis Mundi”.
A arca foi colhida na praia e foi enterrada num “compostum”, quer dizer um cemitério romano-galego daquele tempo.
Durante os séculos seguintes, ninguém tomou conhecimento dela, até que começaram a ocorrer aquelas iluminações esplêndidas que o bispo Teodomiro consagrou.
Santiago Matamouros
O sensacional e miraculoso achado, que logo atraiu o rei Astur-leonês Afonso, o casto (789-842) e sua corte para lá, fez com que lá fixassem a pedra da primeira igreja dedicada ao Apóstolo.
Não demorou para a boa nova, comunicada por Afonso ao próprio Carlos Magno, circulasse como um raio pelo Império do Ocidente, abrindo caminho para que se dessem os milagres.
As peregrinações não mais cessaram, e num curto espaço de tempo, o santuário de Compostela adquiriu a mesma importância para os cristãos das romarias dirigidas à Roma.
Na batalha de Clavijo, em 834, o rei Ramiro I, de Aragão, no momento mais difícil do combate, viu-se ajudado por um desconhecido ginete montado num cavalo branco que dava espadagadas na mourama.
Sentiu que tinha a seu lado o Apóstolo, desde então transformado em Santiago Matamouros, aparição fundamental na vitória contra o emir Abderraban II.”
Texto adaptado, extraído do site heróis medievais.
Voltamos ao porto, sem encontrar nossos amigos, mas com gozos de historia e conhecimento.
A ultima noite no Porto, foi a primeira janta coletiva, um macarrão.
Após a janta eu propus uma brincadeira onde todos colocam as mãos encima doa mesa intercaladas, e segue a sequência de batidas,
tudo ia bem até um vizinho bater na porta e reclamar do barulho, eu fui ate a porta, e por sorte, não consegui abrir,
mas disse a ele que ficaríamos em silencio imediatamente. Ficamos chateados, mas isso pode acontecer com todos, até com um “bando de velhotes” barulhentos.
Dia 5 – 23 de outubro (Terça) Porto – Aveiro – Fátima – Lisboa
Partimos do Porto, não antes de eu tentar recuperar o prestigio,
deixei um bilhete e uma camisa pólo de presente para o vizinho que reclamou, a vontade era de ter uma câmera pra filmar a reação dele com o bilhete…
A primeira parada era Aveiro, por um motivo especial, na viagem anterior, o Clube dos Galitos nos acolheu, fez nossa filiação e podemos participar do Europeu Máster de Natação, eu gostaria de passar e deixar uma lembrança de nosso grupo, Cristiane, Silmara, Lais, Lourdes, Maira, Antonio e Danielle, que tanto valorizaram a gentileza do Galitos, através do seu diretor de natação, Paulo Rodrigues.
Entrando em Aveiro, Maria logo viu uma das sedes do Galitos, era a sede de basquete e padle.
Um simpático associado nos indicou o caminho até a piscina.
Paulo não estava, conversamos por telefone, ele designou o simpático Rui, para nos entregar toucas, e ainda me deu um moleton e uma mochila de presente.
Agradecemos as gentilezas, dei também um presente para o Rui, ele disse que estávamos bem perto do centro e poderíamos deixar o carro ali mesmo.
Hora do almoço, fomos comer arroz com mariscos, um dos pratos conhecidos de Aveiro.
O prato estava excelente, não era barato, mas valeu a pena.
Na saída um senhor disse para comer ovos moles, no lugar original.
Explicado o endereço, fomos ate lá. Conforme a explicação, tínhamos que chegar em uma igreja e entrar a direita,
chega a uma pequena porta, bater e esperar alguém atender.
Trata-se de um doce regional, tradicional da pastelaria(doceria) aveirense, cuja fórmula e método de produção original se deve às freiras dos vários conventos aqui existentes até ao século XIX – dominicanas, franciscanas a carmelitas, nomeadamente o Mosteiro de Jesus de Aveiro.
As religiosas utilizavam a clara de ovo para engomar os hábitos, enquanto que as gemas, para que não fossem desperdiçadas, se constituíram na base para a feitura do doce. Extintos os conventos, a fabricação dos ovos moles teve continuidade, graças a senhoras educadas pelas freiras.
Desde o início da linha de trem, Porto-Lisboa que é tradicional a sua venda durante a parada do trem na estação de Aveiro, feita por mulheres usando trajes regionais.
O último dos famosos quitutes aveirences era a tripa, foi um pouco decepcionante apesar de gostoso, nada mais é que uma massa de crepe mole, que em algum momento da história alguém fez um crepe mau feito e as pessoas gostaram.
Seguimos viagem para Fatima, fiquei surpreso com a grandiosidade da construção, mesmo quem não é católico ou não tem religião gostou da visita.
Descemos mais, quando nos aproximávamos de Óbidos, o mundo escureceu, uma grande tempestade chegava, por prudência, deixamos Óbidos para a próxima visita.
Primeira noite na capital Lusitana.
Dia 5 – 24 de outubro (quarta) – Lisboa
Entregamos os carros, começamos a usar o transporte público.
A primeira parada foi comer o mais famoso e o mais antigo pastel de natas de Portugal, no Brasil é conhecido como pastel de Belém, que não é pastel. O formato é de empadinha.
Presenciamos o encontro da Tuk Tuk, com uma família de tuk tuks….
No monumento o Padrão descobrimentos vieram emoção ancestrais, saber que destemidos navegadores saíram daquele lugar com pequenos barcos para descobrir novos mundo, entre eles nosso Brasil.
A Torre de Belém e o museu da Marinha, já valeram a visita a Lisboa.
Voltamos de funicular para casa.
Arroz carreteiro foi o menu da noite.
Dia 6 – 25 de outubro (quinta) – Lisboa – Sintra
Para Sintra, tomamos o Comboio, uma bela viagem de trem.
Sintra com poucos metros planos, era uma cidade vibrante, com muitos turistas do mundo todo. Primeira parada, comer um travesseiro na Píriquita, uma centenária confeitaria.
Passamos pela quinta do Regaleiro, entramos no Castelo dos Mouros com uma bela vista de toda a região, por último o palácio da pena.
Um ônibus nos levou a um lindo lugar, o Cabo da Rosa, onde tem a frade escrita:
Onde o mar começa e a terra acaba.
O ponto mais ocidental da Europa continental.
Última parada, Cascaes com seu belo litoral.
O chef Carlos Sô (so de Sonia) se superou, fez um arroz com mariscos (frutos do mar), melhor que o do restaurante de Aveiro.
Dia 7 – 26 de outubro (sexta) – Lisboa – Madeira
Dia de conhecer a Ilha da Madeira, eu não comentei com o grupo, mas o aeroporto da Madeira está entre os mais perigosos do mundo, por seus fortes ventos e sua pista construída em parte encima do mar.
As 9h15 pousamos bem, uma grata e emocionante surpresa nos esperava Mayra uma brasileira casada com um português, que já conhecíamos pelo facebook, nos esperava com uma bandeira do Brasil e outra de Portugal, foi emocionante.
Esse dia foi off, todos dormiram, uma ressaca da viagem e aproveitando o dia chuvoso.
Dia 8 – 27 de outubro (sábado) – Travessia
Com uma ameaça de tempo ruim, muitos nadadores madeirenses não vieram nadar, inclusive a tuk tuk portuguesa de nome Nina, seria o tira teima para ver quem era a maior cerra fila de Travessia do Mundo.
Um prova difícil com correnteza e vento, eu e a Rosa dividimos estímulos e dificuldade, eu não desisti por ela, ela não desistiu por mim.
Os madeirenses ficaram muito felizes com nossa participação.
Um passeio pela noite madeirense para jantar em um restaurante famoso, sinceramente, o arroz com marisco do Carlos, estava muito melhor.
Dia 9 – 28 de outubro (domingo) – Funchal – Lisboa
Decolamos com muito vento, mas sem sustos.
Dessa vez nosso apartamento em Lisboa era bem no centro perto da estátua de Fernando Pessoa.
Fui encontrar com a amiga Guida, a exatos 20 anos não nos encontrávamos, trocamos as conversas sobre nossos últimos 20 anos.
Últimos passeios, praça do comercio, fechamos o circuito Lisboeta.
Dia 10 – 29 de outubro (segunda) – Funchal – Lisboa – Casablanca – Marrakech
Agora sim o desconhecido e exótico Marrocos.
Um senhor com uma van nos esperava no aeroporto, passamos pelo Ricks
café, referência do filme Casablanca, mas estava fechado.
Visitamos a bela mesquita a beira mar, mas agitadíssimo.
Curiosamente fui expulso três vezes da mesquita em menos de 10 minutos.
A primeira porque eu entramos na hora da reza, onde somente muçulmanos podem entrar, depois por entrar em uma entrada destinada a mulheres, a terceira em não entendi, mas apareceu um senhor me mandando pra fora…
O mais lindo da mesquita é o prédio e a localização, fiquei feliz de ter ido e valeu história.
Na saída da mesquita em direção a estrada que nos levaria a Marraqueche, pegamos um engarrafamento muito maluco, ninguém respeitava nada, única vantagem, baixa velocidade dos carros.
Após 3 horas de viagem pelas boas estradas marroquinas chegas de noite a Marrakech.
Meu primo Gustavo tinha vindo pouco tempo antes, quando eu mostrei o mapa de onde eu gostaria de ficar, ele aconselhou não ficar.
Mas eu segui meus instintos, já que o Riad (pousada marroquina), atendia meus objetivos.
Paramos em um beco, o francês gerente da pousada nos esperava, ele disse que a van parava ali, ele trouxe um tuk truk (tuk tuk com caçamba).
Uma escuridão, assustou os viajantes, mas confiaram em mim.
Uma vielas escuras, casas sem janelas, as janelas são viradas pra dentro, um verdadeiro labirinto, de repente, não mais que de repente, abre uma porta de 1,5 metros de altura, um lindo Riad, cada quarto com uma decoração diferente, todos gostaram.
Um menino aparentando uns 14 anos, foi nosso guia pelos labirintos do seguro 12 até chegar em um restaurante.
Primeira noite em um Riad.
Dia 11 – 30 de outubro (terça) – Marrakech
O gerente do riad, um simpático francês amigo do dono, também francês que estava viajando, nos indicou um guia, saímos caminhando pela cidade.
Ele foi nos explicando o funcionamento da cidade.
A primeira cena foi o que mais impressionou, uma rua de muitos serviços, todos feitos de uma forma muito rústicos, ferreiros, carpinteiros parecia um cenário.
Nosso guia dava uma moeda para cada pedinte, ele acreditava isso garantia um lugar no céu…
O que mais chamou atenção na fala do guia foi que o Islamismo era uma religião sem preconceito, e permitia casamentos entre, muçulmanos e católicos, judeus.
Mas, com budistas não porque acreditam em espíritos e reencarnação.
O guia nos deixou na medina, a praça principal, nos dividimos em grupos, cada um foi viver aventuras diferentes.
Um de nossos amigos foi atropelado por uma moto que transitava no meio das vielas.
Encontramos o Rei, Abdulassisjolenio III.
A noite jantamos no riad, um tradicional tajine marroquino.
Fizemos um “bota fora”, conversas e avaliação da viagem, a fala da Maria me derrubou!!!!
Última noite no Marrocos.
Dia 12 – 31 de outubro (terça) – Marrakech – Casablanca – São Paulo
Dessa vez pudemos ver as ótimas estradas marroquinas.
Embarcamos as 15h10 de volta pra casa.
Obrigado pelas fotos, Sonia, Teresa.
FOMOS EM 11 voltamos em 40
jojo, Jon Jon, banana, Morsa….
Muito obrigado, Turma do Trapiche (lugar de doidos em Portugal)
1 – Lombardi – Schroeder – SC
2 – Teresa – Brasília – DF
3 – Rosa – Imbé – RS
4 – Assis – Fortaleza – CE
5 – Carlos – Itajaí – SC
6 – Sonia – Itajaí – SC
7 – Patrício – Floripa – SC
8 – Murilo – Itajaí – SC
9 – Aglair – Floripa – SC
10 – Maria Eduarda – Floripa – SC
11 – Marcos – Floripa – SC